Os Vereadores eleitos pelo PS na Câmara Municipal da Ribeira Grande, Lurdes Alfinete e Artur Pimentel, manifestaram, na reunião pública desta quinta-feira, a sua preocupação “com o elevado valor pago pela autarquia à Associação promotora do festival Monte Verde”.
De acordo com os socialistas, “a Câmara transfere 350 mil euros para o festival e suporta, ainda, os encargos com o policiamento, a segurança, a Capitania, as licenças à SPA e à PASS Music, bem como a montagem e transporte de estruturas e ainda a limpeza do recinto, como se pode verificar no protocolo que vai ser assinado”.
A esse propósito, os Vereadores do PS questionaram o executivo quanto ao valor real do evento e qual o retorno para cada um dos Ribeiragrandenses, salientando que “se este é um importante cartaz turístico e publicitário para o concelho”, qual o efetivo benefício que fica “em cada uma das nossas 14 freguesias”.
Na ocasião, Lurdes Alfinete e Artur Pimentel não deixaram de notar que, para além dos 350 mil euros pagos pela Câmara da Ribeira Grande, retiram-se, também, importantes recursos humanos operacionais do dia a dia da manutenção do concelho, sendo que as receitas vão, inteiramente, para o promotor.
Preocupados com esta aplicação do dinheiro público, os Vereadores propuseram que a Câmara fizesse, anualmente, um concurso público internacional para assegurar os festivais e eventos de promoção cultural e turística no concelho da Ribeira Grande, à semelhança do que acontece com outras autarquias dos Açores e do restante país, “usando de maior transparência, sendo justa perante o mercado dos promotores de eventos e dando a conhecer, desde o início, a cada Ribeiragrandense a verdadeira aplicação do seu dinheiro.
Os Vereadores socialistas relembraram, ainda, que “nos três festivais que decorrem entre julho e agosto, a Câmara aplicou, só em dinheiro, 646 mil euros”, havendo festivais que custam, por dia, mais de 120 mil euros, montantes que levam os socialistas a questionar “se é mesmo isto que queremos para o concelho da Ribeira Grande”.