O deputado do PS eleito pela ilha do Faial, Tiago Branco, denunciou, esta segunda-feira, que, “nos últimos meses, tem-se agravado a instabilidade na operação da cabotagem insular entre o continente e a ilha do Faial”, o que se tem traduzido em “atrasos consideráveis na receção de mercadorias no Porto da Horta, com graves prejuízos para a economia da ilha”.
O socialista denuncia a situação em requerimento, entregue no Parlamento dos Açores e dirigido ao Governo Regional (PSD-CDS/PP-PPM), exigindo esclarecimentos sobre esta grave situação.
O parlamentar do PS frisa que, de acordo com relatos dos próprios empresários Faialenses, o modelo de transporte marítimo de mercadorias está a ser “paulatinamente alterado”, através do “cada vez mais frequente transbordo da carga vinda do território continental com destino ao Faial nos Portos de Ponta Delgada e da Praia da Vitória”.
Para Tiago Branco, esta alteração tem provocado, com cada vez mais frequência, “disrupções do sistema”, gerando “imprevisibilidade, atrasos e degradação das condições das mercadorias”.
O socialista considera que esta alteração é “grave e preocupante”, salientando “está a acontecer com a cumplicidade do Governo Regional” e “sem qualquer tipo de auscultação e comunicação prévia aos empresários locais”.
“O Governo Regional está a alterar o paradigma do transporte marítimo de mercadorias interilhas nas costas dos Faialenses e continua a esconder o resultado do estudo sobre o transporte marítimo que encomendou à desconhecida e inexperiente empresa ‘VCDuarte, Lda’, prejudicando a economia do Faial no processo”, salienta.
“Quais os motivos que justificam as repetidas disrupções no transporte marítimo de mercadorias entre o continente e a ilha do Faial? Porque é que as mercadorias chegam ao Faial constantemente atrasadas? Porque é que as mercadorias com destino ao Faial fazem transbordo noutras ilhas e quem toma essas decisões? Estas alterações do modelo de transporte marítimo resultam do estudo encomendado pelo Governo e sobre o qual nada se sabe?” são perguntas que o deputado do PS, Tiago Branco, quer que o Governo Regional responda.