José Eduardo sublinhou, esta quarta-feira, que “existem carências” nas ilhas mais pequenas da Região, como é o caso da ilha das Flores, ao nível da “fixação de professores qualificados”.
O deputado socialista, eleito pela ilha das Flores, falava à saída de uma reunião com o Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária das Flores.
José Eduardo salientou que o Governo Regional (PSD, CDS/PP, PPM) “não está a conseguir promover a fixação de professores na ilha das Flores”, concretizando que, na EBS das Flores houve a “necessidade de recorrer a meia centena de professores contratados”.
“Nesta escola existem 48 ‘professores fantasma’, professores que efetivaram nesta escola ou neste quadro de ilha, mas que depois pedem transferência para outras escolas e para outras ilhas, o que obriga a escola a recorrer a professores contratados, que por sua vez também só vêm um ano ou dois e acabam por não se fixar nas Flores, tornando o quadro docente desta escola bastante volátil”, sublinhou o socialista.
José Eduardo realçou, por outro lado, que o fecho da Central de Serviços Partilhados da Ilha das Flores, determinado pelo Governo Regional do PSD-CDS/PP-PPM, “prejudicou múltiplos serviços públicos na ilha”, incluindo o “orçamento e funcionamento da própria escola”.
A Central de Serviços Partilhados da Ilha das Flores, implementada em outubro de 2019, pelo Governo Regional anterior, da responsabilidade do PS, permitiu uma gestão centralizada e integrada de recursos humanos da administração regional, uniformização as compras públicas e aquisição de bens e serviços para as entidades públicas da ilha.
“Com o fecho da Central de Serviços Partilhados da Ilha das Flores, uma decisão irrefletida deste Governo Regional, o orçamento das despesas correntes da escola ficou a zero. Ou seja, neste momento, a escola não tem orçamento para resmas de papel ou mesmo para papel higiénico, que vai buscar a outros serviços públicos”, relatou o deputado, após constatar esta realidade no local.
José Eduardo manifestou, ainda, a sua "preocupação com a possibilidade de poder vir a faltar o gás para a confecção de refeições escolares, a muito breve trecho".
“Este Governo Regional esteve igual a si próprio. Descuidado, desatento e a deixar muitos assuntos entregues a si próprios, sem uma orientação, sem uma estratégia e isso traduziu-se num irregular arranque do ano letivo também aqui, na ilha das Flores. Com prejuízos evidentes para as famílias e para os alunos Florentinos”, finalizou o deputado do PS, José Eduardo.