“Que moralidade tem o PSD/Açores para acusar Vasco Cordeiro de falta de autoridade política em matéria de Saúde”, questionou, esta quarta-feira, Berto Messias, para relembrar os mais esquecidos de que, desde novembro de 2020, a Região é governada pelo PSD/CDS-PP/PPM que, sem a legitimidade do voto, se uniram para retirar o Partido Socialista do Governo.
Para o Vice-presidente do PS/Açores, “é lamentável” que decorridos cerca de três anos desde o início de funções, os partidos que suportam esta coligação não consigam reconhecer, ainda, perante os Açorianos, “que são eles os governantes” e que estejam a deixar, não apenas na Saúde, mas em muitos outros setores, “a Região para trás”.
“O Partido Socialista e o seu Presidente Vasco Cordeiro foram eleitos pelos Açorianos para que, no exercício das suas funções, possam escrutinar a ação governativa”, assegurou o dirigente socialista, para lamentar que o PSD, “perante qualquer evidência comprovada de que não está a fazer melhor do que o PS/Açores fez enquanto Governo Regional, reaja de forma imprudente e justifique, como já vem sendo hábito, com a suposta pesada herança”.
“Começa já a ser prática recorrente deste Governo Regional que, quando o PS/Açores faz uma acusação ou aponta algum problema, só saibam responder com acusações contra o Partido Socialista. É mais um claro sinal de que lidam mal com a crítica”, acrescentou ainda Berto Messias.
Segundo reforça o socialista, foi no exercício de funções do atual Governo Regional que “o número de cirurgias que são canceladas registou o maior aumento de sempre”, mas que se registaram, também, “falhas na prestação de serviço”, ou, até mesmo, “falhas na manutenção de edifícios e equipamentos”, existindo, igualmente, queixas quanto à falta de “entendimento e constrangimentos na atribuição do Complemento Especial para Doentes Oncológicos e Doentes Transplantados”, situações para as quais os utentes, face à extinção da figura do Provedor do Utente de Saúde, “estão sem saber a quem devem dirigir as suas queixas ou reclamações”.
Mas, conforme reforça ainda Berto Messias, o PSD/Açores limitou-se “a atirar as culpas ao PS e a Vasco Cordeiro”, mas sem refutar um único número apresentado.
“Os números estão aí, e contra estes ninguém disse o seu contrário. O PSD/Açores devia lidar melhor com a crítica e aceitar melhor o que começa a ser evidente para todos os Açorianos: de que não vale a pena criticar, atacar, ou tentar justificar a sua incompetência com a governação do Partido Socialista”, acrescentou.
“É bom termos presente que é o atual Governo Regional, suportado pelo PSD/CDS-PP/PPM, que, de acordo com os números referentes a junho de 2023, aumentou a dívida a fornecedores em 12 milhões de euros, mas que contribuiu para que os três hospitais da Região tenham obtido um resultado negativo de mais de 20 milhões de euros e que tenha degradado, só no caso do Hospital do Divino Espírito Santo, o seu património líquido, fixando-se, agora, num resultado negativo de -9 milhões de euros”.