Vasco Cordeiro considerou, esta quinta-feira, no Parlamento dos Açores, que o Governo Regional do PSD/CDS/PPM é “responsável” pela crise política gerada pela rejeição da proposta de Plano e Orçamento para 2024, no Parlamento dos Açores.
“É evidente a responsabilidade que o Governo Regional tem nesta crise, que serve mais os seus próprios propósitos e dos partidos que o apoiam do que os interesses dos Açorianos”, salientou Vasco Cordeiro, acusando o Executivo e os partidos que ainda o suportam (PSD/CDS/PPM) de “colocarem a economia e a sociedade Açoriana num limbo, durante muito ou pouco tempo”.
O Presidente do PS/Açores frisou que, se o Governo Regional estava interessado em salvar este orçamento, “deveria ter feito, antes, um esforço de negociação e de diálogo”, uma vez que nas negociações com os partidos que até agora o apoiavam, “quem se afastou foi o Governo”.
Vasco Cordeiro salientou, ainda, as “contradições políticas flagrantes que assolam o Governo”, questionando “porque é que um Governo que diz que se este orçamento não fosse aprovado viria o caos, não toma a iniciativa de resolver esta questão, nomeadamente devolvendo a voz aos Açorianos?”.
O Presidente do PS/Açores elencou outra contradição, lembrando que José Manuel Bolieiro afirmou que “era um bem para o país, na República, ir a eleições” e recordando que na Assembleia da República “existe uma maioria absoluta, mas no parlamento regional não há”.
“Assim sendo, não será conveniente de devolver a palavra ao Açorianos?”, questionou.
O Presidente do PS/Açores, partido que ganhou as eleições regionais de 2020, lembrou a natureza “politicamente precária e frágil deste Governo Regional” e da “solução que o alpendurou ao poder”, uma vez que “nenhum dos partidos que compõe este Governo Regional venceu as eleições regionais” e que “foram necessários cinco partidos para conseguir o apoio parlamentar mínimo para viabilizar a aprovação do programa do Governo e dos orçamentos até este momento”.
“O Partido Socialista votou contra este Orçamento para 2024 com a consciência clara de que o significado político da rejeição destes documentos não constitui a oportunidade de apresentação de um segundo orçamento. O significado político da rejeição deste plano e deste orçamento é que falhou um dos pressupostos fundamentais que foram assumidos para indigitar este Governo Regional”, apontou o Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro.