O deputado do PS/Açores, Rodolfo Franca, afirmou esta terça-feira que os maus resultados obtidos pelos alunos da Região nos testes PISA são mais um dado, que se vem juntar a outros, como o do aumento da taxa de abandono escolar precoce, e que demonstra claramente, que a educação precisa de uma verdadeira mudança de rumo, voltando a centrar-se no aluno e nas suas necessidades.
“É claro que o sistema educativo regional não pode ser avaliado por uma amostra tão reduzida ou por um teste. O sistema educativo regional é muito mais do que isso!”, referiu Rodolfo Franca, no entanto, o deputado diz que este é “mais um indicativo de que algo não vai bem no setor da educação, tanto mais que a amostra abrange jovens estudantes de 15 anos, alunos esses, que – com algumas variações, se encontram exatamente entre mudanças de ciclos de estudo, na passagem do 9º (3. Ciclo) para o 10º (secundário)”.
“Na literacia em Matemática baixamos de 454 pontos, em 2018 para 417 pontos, em 2022, ficando 67 pontos abaixo da média nacional, caindo para o último lugar da tabela; na literacia em Ciências baixamos 454 pontos, em 2018 para 417 pontos, em 2022, ficando 67 pontos abaixo da média nacional, caindo – igualmente – para último lugar da tabela. O mesmo acontece na literacia em leitura. Baixamos de 445 pontos para 413 pontos, ficando 64 pontos abaixo da média nacional e também como os piores do país”, salientou o deputado.
Rodolfo Franca lamenta que, uma vez mais, “o Governo dos Açores continue a assobiar para o lado e nunca tenha implementado, à imagem do continente, um plano estratégico de recuperação das aprendizagens”.
O programa PISA foi concebido em 2000 para avaliar se os alunos conseguem mobilizar as suas competências de leitura, de matemática e de ciências na resolução de situações do dia a dia. O estudo avalia também a capacidade de resolução colaborativa de problemas, a literacia financeira e o pensamento criativo desses alunos.