Os candidatos do PS Açores pelo círculo de São Miguel às eleições legislativas regionais do próximo dia 4 de fevereiro lamentaram, esta quinta-feira, que o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM continue a ignorar “as inúmeras dificuldades assinaladas pelos agricultores Açorianos”, nomeadamente ao nível do pagamento dos apoios ao setor.
Segundo Patrícia Miranda, e face ao “aumento dos custos de produção e das taxas de juro”, que foram constantes ao longo dos últimos três anos, “os apoios ao setor continuam a não ser concretizados, sendo que em alguns casos ainda nem foram pagos”.
“Estamos a falar do apoio às associações, o apoio aos suplementos dos abates, o apoio que devia ser criado em alturas de crise e que, ao contrário do que era prática no anterior Governo Regional do Partido Socialista, em que tínhamos, por exemplo, o SAFIAGRI em que ajudava com os custos das taxas de juro, agora não foram concretizados e não se vislumbra que possam ainda acontecer”, alertou a socialista, para salientar, igualmente, na ocasião, “a falta de manutenção e de investimento em caminhos agrícolas que se encontram ao abandono”.
Conforme defendeu a candidata do PS/Açores, à margem de uma visita realizada a vários caminhos agrícolas e de um encontro com agricultores da freguesia de Santo António, “é preciso dar confiança ao setor” e trabalhar para que “a mudança de rumo aconteça no próximo dia 4 de fevereiro”.
“Neste momento, temos um Governo de coligação que a única coisa que concretizou nos últimos três anos, conforme apontado pelas associações do setor, foi o fim dos rateios, mas, não é apenas desta forma que se assegura o rendimento dos agricultores. Não é apenas assim que se garante um efetivo futuro à agricultura Açoriana”, defendeu.
Reforçando que o Partido Socialista não é contra o fim dos rateios, Patrícia Miranda reforçou que o que está verdadeiramente em causa é a “inércia e falta de estratégia deste Governo Regional”.
“A agricultura Açoriana e os Açores precisam de um Governo que seja capaz de lhe dar futuro e esperança", frisou a socialista, para ressalvar que a Região merece mais e melhor, tal como o setor agrícola que necessita de “um Governo que lhe garanta um efetivo futuro”.