Vasco Cordeiro defendeu, esta quarta-feira, que a Região tem de “acelerar a execução de fundos comunitários, nomeadamente, na área da energia, para que possamos ser mais sustentáveis e autossuficientes”.
O candidato do PS a Presidente do Governo Regional falava à saída de uma visita ao projeto Graciólica, uma central que combina a produção energética através de fontes eólicas e solares, na ilha Graciosa.
Vasco Cordeiro lembrou que a Graciólica iniciou, através de uma parceria com o Governo Regional do PS, a sua produção de eletricidade em 2019, colocando na altura os Açores na “vanguarda da utilização de sistemas tecnológicos deste tipo”, que “contribuem de forma muito significativa para a valorização energética dos nossos recursos naturais”.
“Estima-se que, em duas décadas, este projeto evite a emissão de 100 mil toneladas de CO2 para a atmosfera”, frisou.
O Presidente do PS/Açores defendeu que “é preciso acelerar a execução de fundos comunitários”, para que possamos “recuperar as metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa Operacional Açores 2030”, especialmente em áreas que se “traduzam diretamente em benefícios diretos na economia das famílias e das empresas dos Açores, como é o caso da energia elétrica”.
“Eu acho que há um conjunto de oportunidades, sobretudo ao nível da produção energética, no aproveitamento de fundos comunitários que estão à nossa disposição e que, dentro de breve, vão deixar de estar, que necessitariam talvez de uma visão mais estratégica em relação aquilo que a Região pode e deve fazer”, salientou Vasco Cordeiro.
O Presidente do PS/Açores manifestou a sua “preocupação” com a inércia do Governo Regional PSD/CDS/PPM em matéria de aproveitamento de fundos comunitários, considerando que o Governo da coligação “poderia estar a fazer muito mais”.
Vasco Cordeiro sublinhou que o facto dos Açores serem 9 ilhas representa “9 realidades que têm de ser tomadas em conta” e que perder fundos comunitários nessa matéria é algo “impensável”.
O Presidente do PS/Açores reconheceu a importância dos sistemas de produção energética, mas alertou que o Governo Regional “está a esquecer” e “deve apostar mais nas alterações de padrão de consumo”.
“Um Governo Regional, seja ele qual for, tem de desenvolver uma política pública de gestão energética que não se limite à gestão da sua participação na EDA. Este Governo tem ficado por aí. Mas eu acho – e defendo – que é preciso investir mais na produção energética, no seu armazenamento e também na otimização da forma como as pessoas consomem a energia elétrica, para que possamos ser cada vez mais eficientes, verdes e sustentáveis”, finalizou o candidato do PS a Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.