Vasco Cordeiro realçou, na apresentação do programa eleitoral do PS às eleições regionais do próximo dia 4 de fevereiro, que o Governo Regional do PS “voltará a respeitar os funcionários públicos dos Açores após três anos de coligação” e tudo fará para “vencer o desafio demográfico nos Açores”.
Falando perante um auditório repleto de apoiantes, na cidade da Lagoa, em São Miguel, Vasco Cordeiro evidenciou que uma “Autonomia pujante e capaz” depende de uma “administração pública mobilizada, motivada e empenhada”, considerando que é “preciso respeitar os funcionários públicos dos Açores”, para que “não sejam alvo de perseguições e de joguetes políticos”, como aconteceu ao longo destes três anos de coligação PSD/CDS/PPM.
“Honraremos os compromissos assumidos e os mecanismos de valorização profissional, como a eliminação de quotas e a progressão com seis pontos, mas também vamos diminuir os lugares de nomeação política na administração regional. Além disso, queremos implementar medidas inovadoras de funcionamento da administração regional, com recurso a novas tecnologias e com um projeto piloto da semana de 4 dias de trabalho na administração direta, para posterior alargamento à administração indireta da Região”, avançou.
Na Demografia, Vasco Cordeiro defendeu uma “abordagem integrada, assente em políticas públicas de promoção e garantia de qualidade de vida (creches, jardins de infância, educação, saúde e apoio à terceira idade), políticas de desenvolvimento económico (contribuindo para gerar oportunidades de emprego com melhores rendimentos) e políticas de acessibilidades (marítimas, aéreas e também digitais)”, lançando um apelo aos jovens Açorianos para se “empenharem e se comprometerem com os Açores e com a nossa Autonomia”.
Na Agricultura, Vasco Cordeiro assegurou que o Governo Regional do PS “honrará o fim dos rateios”, e fendeu que o Governo deve “pagar a tempo e horas” e retomar uma “política de investimento público na competitividade desse setor, como por exemplo na manutenção e reforço da rede de caminhos agrícolas, no abastecimento de água, na eletrificação das explorações agrícolas, na inovação ou no apoio à conquista de novos mercados”.
Vasco Cordeiro reiterou a sua proposta de “lançar, de imediato, um novo SAFIAGRI” e de “avaliar os programas de reestruturação e rejuvenescimento do setor”, considerando que é “igualmente necessário recuperar a ação estratégica e concertada do Centro Açoriano do Leite e Laticínios e do Centro de Estratégia Regional para a Carne dos Açores para a inovação industrial, captação de novos mercados e na gestão do impacto da volatilidade dos preços do leite e da carne”.
Nas Pescas, Vasco Cordeiro avançou que o Governo do PS irá “retomar a relação com a Universidade dos Açores na «investigação em pescas e aquicultura” e “concretizar o processo de ampliação da Rede das Áreas Marinhas Protegidas (AMP’s)”, nunca “contra os pescadores”, mas sim “integrando-os nos processos de decisão”.
No Turismo, Vasco Cordeiro considerou “absolutamente imprescindível e urgente” rever e implementar o Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA) e “continuar a apostar na promoção do destino junto de mais operadores e novos mercados”, bem como “duplicar a formação de ativos para o setor”.
Vasco Cordeiro defendeu uma Política de Mobilidade Integrada para a Região, garantindo que irá “manter a tarifa Açores”, mas também “retomar o transporte marítimo de passageiros e viaturas”, de forma a “estimular o mercado interno e a mobilidade de pessoas e bens entre as ilhas da nossa Região”.
“O Governo Regional do PS procederá a uma reforma profunda de todo o sistema de transportes terrestres, nomeadamente dos custos para o utilizador, dos horários e das frequências, para fomentar a atratividade do transporte coletivo e para uma mobilidade sustentável”, adiantou.
“Candidato-me a Presidente do Governo Regional em nome do Futuro dos Açores. Não de um futuro de palavras bonitas, mas sim determinado em fazer avançar os Açores”, frisou Vasco Cordeiro.