José Miguel Toste sublinhou que “o PS nunca se demitirá de fazer as críticas, observações ou reparos à atuação do Governo Regional, nem se demitirá de salvaguardar a dignidade dos utentes, a preservação da honra dos trabalhadores ou a defesa do interesse público regional”.

O deputado socialista falava no Parlamento dos Açores, na cidade da Horta, na discussão dos documentos.

José Miguel Toste dirigiu “uma palavra de apreço” a todos os utentes do Serviço Regional de Saúde (SRS), que viram condicionado o seu acesso a cuidados de saúde, na sequência do incêndio do HDES, especialmente “aqueles que se encontram deslocados da sua ilha de residência, longe do conforto das suas casas e dos seus familiares”.

O deputado socialista agradeceu, igualmente, a “todos os trabalhadores e voluntários do SRS, aos Bombeiros, às Instituições Particulares de Solidariedade Social, Misericórdias, à Cruz Vermelha e a tantas outras organizações, instituições e empresas, que desde a primeira hora se mobilizaram”.

Reagindo a críticas do PSD/A, José Miguel Toste criticou o Governo Regional por “considerar, de forma errada”, que qualquer observação ou reparo à ação do Executivo, inclusivamente a realização de reuniões com Conselhos de Administração das Unidades de Saúde, “são uma ofensa à honra dos trabalhadores do SRS”.

Os deputados do PS reuniram com alguns Conselhos de Administração das Unidades de Saúde na passada semana, com o intuito exclusivo de perceber, junto de quem está no terreno, as “implicações da calamidade que é a inoperacionalidade do HDES”.

“Aquilo que ouvimos, de modo transversal, é que a breve trecho, vão ser necessários mais recursos financeiros, humanos e materiais para que o SRS garanta uma resposta eficaz e de qualidade a todos os Açorianos”, avançou o socialista.

José Miguel Toste realçou que a constatação destas necessidades do SRS “não pode, nem deve, ser considerada como uma tentativa de lançar o pânico”, como acusou o PSD/A, até porque o próprio Governo já admitiu, através do Secretário Regional das Finanças, que “são necessários mais recursos para a recuperação do HDES”.

José Miguel Toste apontou, ainda, como “fracassos e maus indicadores” da gestão da Saúde do Governo da coligação a “débil execução do Plano de 2023 nesta área” e o “agravamento do tempo médio de espera para Cirurgia, nos últimos anos”.

"Todos, o Governo Regional, os partidos da posição e da oposição, já admitiram, de forma mais direta ou indireta, que as propostas de Plano e Orçamento e as orientações de médio prazo para 2024 são manifestamente incapazes de dar respostas às necessidades do SRS, na situação de calamidade existente. Para o PS/Açores, estas propostas já eram insuficientes para dar a resposta devida e necessária na Saúde, mesmo antes do incêndio do HDES. Contudo, o PS/Açores cá estará, sempre, para estar do lado da solução”, salientou o socialista eleito pela ilha Terceira, José Miguel Toste.