O PS/Ponta Delgada considera inaceitável o encerramento da Unidade de Saúde dos Remédios da Bretanha, que também tem competência nos territórios das freguesias vizinhas da Ajuda da Bretanha e Pilar da Bretanha, até ao próximo dia 30 de agosto.
O teor de uma missiva eletrónica remetida às Juntas de Freguesia, destas três freguesias do concelho de Ponta Delgada, sem uma conversa prévia, ou tentativa de encontrar soluções conjuntas, é absolutamente risível, para além de ser, profundamente contrário às muito recentes afirmações do atual Presidente do Governo Regional dos Açores, quando disse, na ilha Graciosa, que os “autarcas de freguesia são os eleitos mais próximos do povo.”
Pelos vistos, essa proximidade, não foi tida em conta, quando de uma assentada só desrespeitaram profundamente o trabalho dos três Presidentes de Junta destas três freguesias, pondo em causa, com esta ação cega e torpe, a saúde das populações daquelas três freguesias.
A este propósito, Isilda Alexandre, membro da secção do PS de Ponta Delgada, afirmou que “reduzir a prestação de serviços de saúde à concentração de pedidos e levantamentos de receituários na Junta de Freguesia dos Remédios, diz muito da forma como o Governo Regional do PSD/CDS/PPM apoiado pelo Chega, olha, ou melhor não olha, para a saúde da população destas freguesias”, salientando que “mandar as grávidas e crianças para a Unidade de Saúde de Santo António, é criar um segundo e sério problema, pois este posto já presta serviço às populações das freguesias de Santo António e de Santa Bárbara, sendo que, também este se encontra a funcionar de forma limitada”. Por outro lado, refere a socialista, “encaminhar os adultos, para o Centro de Saúde de Ponta Delgada é, igualmente, inaceitável, tendo em conta os constrangimentos daquele centro, em virtude do incêndio ocorrido no Hospital Divino Espírito Santo (HDES) no passado dia 4 de maio”.
Além disso, refere, “nas três freguesias em causa habita uma população envelhecida, muita dela com parcos recursos económicos, a que acrescem as naturais dificuldades de deslocação, tendo em conta, igualmente, a fraca e desarticulada rede de transportes públicos entre estas freguesias.”
A Unidade de Saúde dos Remédios da Bretanha presta serviços a pessoas com doenças crónicas, e em muitos casos urgentes, sendo elevado o número de idosos, que precisam de uma permanente vigilância médica e/ou de enfermagem, o que, ao contrário do que entende o Governo Regional dos Açores vai, muito além, do receituário.
É, por isso, conclui, Isilda Alexandre, que o encerramento desta Unidade de Saúde, durante mais de um mês, de “forma unilateral, sem diálogo e sem procura de outras soluções, é inaceitável e uma falta de respeito para com a população destas freguesias, com a qual o PS/Ponta Delgada não pode compactuar, exigindo que o Governo Regional volte atrás na sua decisão.”
A Unidade de Saúde dos Remédios da Bretanha serve uma população de mais de 2000 pessoas.