Inês Sá salientou, esta terça-feira, que o arranque do ano letivo nos Açores teve “um abrir de portas apressado, uma semana antes das escolas do continente”, com “os resultados desta impreparação a saltar à vista”, devido às “muitas falhas”, que são de conhecimento público.
Em declaração política do PS, no Parlamento dos Açores, Inês Sá realçou que as escolas dos Açores abriram portas com “mais de 100 docentes e mais de 200 assistentes operacionais em falta” e com a situação dos “bolseiros ocupacionais por resolver”, uma vez que até ao momento a única coisa que se sabe é que o Governo “prorrogou a Portaria, que permite a contratação de Bolseiros Ocupacionais, mas não se sabe absolutamente mais nada!”
Por outro lado, a deputada socialista lamentou também que, ao nível do transporte escolar, “após sucessivos alertas”, o Governo tenha ignorado a existência de problemas e, consequentemente, desvalorizado que “O acesso equitativo à escola, de forma regular, e sem obstáculos é também uma forma de prevenir o abandono precoce de educação e formação”, salientando que “essa devia ser uma preocupação superior do Governo Regional dos Açores”.
Para a deputada socialista, a Secretária Regional da Educação, Sofia Ribeiro, já é “conhecida por dizer uma coisa e o seu contrário”, não sendo de estranhar que em fevereiro “tenha anunciado incentivos para a fixação de docentes e, mais tarde, em maio, tenha dito que não os podia cumprir, porque o Orçamento tinha sido chumbado”, uma “desculpa que para este Governo da coligação PSD/CDS/PPM serve para tudo, mas que não convence ninguém”.
“A implementação de incentivos à fixação de docentes deveria ter sido uma prioridade. O PS di-lo desde o dia em que votámos as alterações ao Estatuto da Carreira Docente e, desde esse dia, que o Governo e a coligação empurram com a barriga para a frente a aplicação de um instrumento que poderia ser diferenciador para os Açores”, explicou a deputada socialista.
A socialista lembrou, por outro lado, que o Governo Regional da coligação colocou a consulta pública um documento intitulado “Estratégia Educação Açores 2030”, que “não foi debatido no Parlamento” e que “até hoje se desconhece a versão final”.
Inês Sá frisou, ainda, que o PS defende a “urgência de levar a cabo um estudo sério, rigoroso e aprofundado relativamente aos resultados dos manuais digitais”, uma vez que “no 3º ano de implementação desta ferramenta, as críticas são inúmeras e não devem ser ignoradas ou menosprezadas”.
"Ao fim de 4 anos de governação da coligação PSD/CDS/PPM há responsabilidades que este Governo Regional tem de assumir. Estar permanentemente a empurrar responsabilidades para o PS não resolve os problemas de hoje, nem prepara os Açores de amanhã”, vincou a deputada do PS, Inês Sá.