Francisco César alerta Governo da República para o facto de um teto máximo de 600 euros nas passagens poder implicar que os Açorianos paguem mais nas suas viagens

PS Açores - 8 de novembro

Francisco César alertou, esta quinta-feira, para a “indefinição” que se mantém em relação à imposição de um teto máximo de 600 euros por passagem no valor elegível nas viagens entre o continente e os Açores e entre a Região e a Madeira.

O Presidente do PS/A e deputado à Assembleia da República, que intervinha no âmbito da audição parlamentar para apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, instou o Ministro das Infraestruturas e Habitação a esclarecer os Açorianos quanto a esta matéria.

“Eu tive o cuidado de fazer uma reserva há pouco, em duas companhias aéreas públicas, a TAP e a SATA, para, numa viagem entre Lisboa e os Açores, ir hoje e regressar no domingo. Na tarifa mais baixa de ida e volta, uma é 665 euros, a outra é de cerca de 684 euros”, afirmou Francisco César, para reiterar que “os Açorianos não são um mercado”.

Frisando que ao contrário do que indicam os estudos de mercado, de que ninguém ficaria prejudicado com esta medida, conforme avançou na audição o Ministro, o parlamentar questionou se uma tarifa deste valor “é o mercado ou a vida real das pessoas”.

A esse propósito, Francisco César recebeu a confirmação por parte do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, de que o Governo do PSD/CDS-PP admite a possibilidade de rever o teto máximo de 600 euros se os Açorianos forem penalizados.

Durante a audição parlamentar, o líder do PS/Açores quis ainda saber se com o portal eletrónico para reembolso, o Governo da República consegue garantir que “os passageiros residentes só pagam 134 euros na sua deslocação”.