O Presidente do PS/Açores lamentou esta quarta-feira que o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM não saiba bem “qual o caminho que quer tomar” em relação ao futuro do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).
Para Francisco César, que falava à margem de uma reunião com o Conselho de Administração do HDES, “este é um Governo muito rápido a tentar fazer propaganda e muito lento a tentar resolver aquilo que são as suas funções”.
“O que nos preocupa nesta matéria é termos uma infraestrutura que está em parte paralisada, em que não foram feitas obras e termos soluções de recurso que estão, neste momento, a prestar um serviço à população que não é bom”, assegurou.
Salientando haver muita coisa que ainda não se sabe o que é que é para fazer, Francisco César reforçou que: “neste momento há um edifício modular que está em construção e que já vai ser ampliado porque se percebeu que a capacidade para aquilo para que foi projetado não era suficiente para as necessidades da ilha”.
Mas, conforme adiantou o líder socialista, “optaram por tentar fazer um novo hospital sem se perceber bem que tipo de hospital é que nós queremos”.
“Só vale a pena tomar decisões quando nós sabemos o que é que queremos fazer”, admitiu o socialista, para reafirmar que o Governo “não sabe bem qual é o caminho que quer tomar”.
“Desde o início deste processo que foi dito que era necessária uma ajuda de Bruxelas, que acabou por não acontecer, porque o montante da reparação do hospital era demasiado elevado”, frisou Francisco César, para alertar que quando se pergunta o montante da reparação, o Governo diz “não saber qual é o valor”.
“Ora, se não sabe o montante, como é que sabia que não se poderia candidatar?”, questionou o socialista, para lamentar o amadorismo do Governo em todo este processo.
“Se não fosse o facto de nós termos perguntado à União Europeia se efetivamente isso tinha acontecido, nós estaríamos, até hoje, na ilusão de que o Governo tinha feito uma candidatura que na verdade não fez”, acrescentou Francisco César, para lamentar, ainda, que se o Governo não estivesse tão preocupado “em fazer propaganda” e estivesse mais preocupado em perceber que fundos é que existem disponíveis, “talvez este processo tivesse corrido de uma forma mais rápida e com menos necessidades de financiamento da Região”.