PS/Açores acusa Coligação e Chega de bloquear propostas essenciais para a Região no Orçamento dos Açores 2025

PS Açores - 30 de novembro

O Presidente do PS/Açores considerou que o Orçamento da Região para 2025 “adia os problemas e não apresenta novas ideias”, repetindo, apenas, “o que foi feito no passado”.

De acordo com Francisco César, que falava à margem da reunião da Comissão Regional do PS/Açores, que decorreu este sábado em Ponta Delgada, este Orçamento, aprovado pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, com o apoio do seu novo parceiro, o Chega, “é mau para a Região”, sobretudo quando o Partido Socialista se disponibilizou a viabilizar o documento, mediante o entendimento com o Governo em determinadas matérias.

“Tínhamos propostas concretas ao nível do alojamento estudantil, da habitação, da acessibilidade às creches, que foram rejeitas. Aliás, todas as propostas que tínhamos ao nível do controle da dívida pública, que nós sabemos que é um problema da Região, de redução da precariedade, da redução dos prazos de dívida a fornecedores, foram chumbadas”, afirmou o socialista, para reiterar que das mais de 36 propostas apresentadas, apenas três tenham merecido algum tipo de apoio da parte da coligação.

Frisando que o Partido Socialista dialogou com o Governo e que enviou, no fim-de-semana que antecedeu o debate e votação dos documentos na Assembleia Legislativa da Região, as suas propostas ao Presidente do Governo, Francisco César salientou que o executivo preferiu negociar com o Chega.

“O Chega é o novo parceiro da coligação e que para conseguir garantir que não há eleições e que mantém os seus cinco lugares aceita tudo. Todas as suas propostas foram aprovadas e nós não nos conseguimos lembrar de nenhuma, enquanto as nossas, que eram sobre Educação, Saúde, acesso às creches, controle da dívida ou a redução da precariedade, nada disto foi aprovado”, afirmou.

Reiterando que as propostas do PS/A melhoravam a vida dos Açorianos, o líder socialista frisou que “continuaremos a trabalhar para que nenhuma dessas prioridades se perca”. “Ou seja, no âmbito da habitação, nós vamos continuar com as nossas propostas, materializando-as em Decretos Legislativos Regionais, tal como no acesso à infância e às creches, que serão materializadas em propostas ao longo do ano, porque não podemos deixar que os problemas se agravem”.

Francisco César relembrou que este é o trabalho da oposição, “alertar para o que está mal e propor uma alternativa”, sendo, por isso, que ao longo do próximo ano o Partido Socialista dos Açores irá apresentar as suas propostas para as diferentes áreas: da Educação, Saúde, Pobreza, Violência Doméstica e das Dependências.

“Este é, no fundo, um Orçamento que adia os problemas da Região e ao nível da capacidade de execução, por exemplo, é um Orçamento fictício, porque tem no papel um conjunto de obras que na prática não se materializam”, adiantou o socialista, para exemplificar com o caso da creche de Santo António, em Ponta Delgada, que “levou quatro anos até conseguir que fosse colocada a primeira pedra, apesar de nos últimos quatro anos ter sido incluída no Plano de Investimentos”, finalizou o Presidente do PS/Açores, Francisco César.