Parafraseando um estimável senador do PS, é tempo de gritar de novo: os capadores da Ilha estão de volta.
Apesar do próprio Presidente do Governo Regional afirmar que o Pico é a terceira potência económica dos Açores e de se sentir, por todo lado, o palpitar de um empreendedorismo exemplar, esta Ilha continua a sentir um freio que tem como exemplos máximos: o aumento da pista aeroporto e a consolidação da cabeça do porto comercial.
Dois investimentos estruturantes da maior importância para a terceira potência económica dos Açores. Mas em que o primeiro está a ser objecto de toda uma estratégia para- não- se- fazer e o outro completamente votado ao esquecimento.
A estratégia agora adoptada para o aeroporto já é velha: arranjar uma “desculpa” técnica que torne “estúpida” uma decisão política de aumento da pista e retirando, como nos anos noventa, qualquer responsabilidade ao governo. Na mesma linha da política de voos de e para a Ilha, seja SATA AIR AÇORES ou SATA INTERNACIONAL, que tem, objectivamente, capado o Pico de um instrumento fundamental para o seu desenvolvimento. Sair ou entrar, atualmente, no Pico é uma verdadeira epopeia.
O mesmo se passa com a consolidação da cabeça do molhe do porto comercial e o seu indispensável aumento dado que é o terceiro porto de maior movimento de cargas da Região. Sabendo-se que essa não consolidação poderá pôr em causa e, por muitos anos, a economia da Ilha. O que nasce torto, torto morre e esse poderá ser o caso do porto, caso não se tomarem medidas urgentes. Uma irresponsabilidade que tem sido constante, ao longo dos anos.
Na saúde continua-se com remendos sem haver coragem para pôr termo à tortura que é ser doente na Ilha do Pico com viagens intermináveis e discriminações de toda a ordem. Para quando e finalmente, o Centro Hospitalar Faial-Pico? É preciso mudar a lei? Então que se mude, para isso temos um parlamento regional e um governo
Há quem não acredite nos capadores, mas que eles existem é objectivo. O Partido Socialista está perfeitamente determinado a combater, por todos os meios ao seu alcance, todos aqueles que procuram capar um povo obreiro e trabalhador que conseguiu pôr em causa a ideia de que o Pico seria, eternamente, a ilha do futuro.
Os capadores estão por aí: uns abertamente e outros disfarçadamente, uns de cá e outros de fora. A luta será sem tréguas.