PS/Terceira denuncia demora excessiva e injustificada na nomeação dos Presidentes do HSEIT e da Unidade de Saúde e defende Hemodinâmica no Hospital da Ilha Terceira

PS Açores - Há 2 dias

O PS/Terceira denunciou, esta sexta-feira, a demora “excessiva e injustificada” na nomeação dos novos presidentes para o Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira e para a Unidade de Saúde de Ilha.

Segundo José Miguel Toste, membro do Secretariado do PS/Terceira, este atraso de mais de um mês, “lesivo para os interesses dos utentes Terceirenses” é revelador da “total ausência de decisão política, por incapacidade da Secretária Regional da Saúde, Mónica Seidi, suportada pelo Presidente do Governo Regional”.

“O HSEIT, o segundo maior hospital da Região, o hospital de referência numa parte significativa de cuidados e especialidades para a população do grupo central e ocidental, encontra-se sem Presidente do Conselho de Administração, ou seja, sem uma liderança, desde 30 de dezembro de 2024, sendo certo que é do conhecimento da Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, bem como do Presidente do Governo Regional, pelo menos, desde 28 de dezembro, que o então Presidente do HSEIT iria presidir ao conselho de administração da ULS da Lezíria”, afirmou o socialista, para salientar que só um mês depois é que o Governo Regional foi capaz de “indicar um novo Presidente para aquela instituição”.

Na ocasião, José Miguel Toste, que falava em conferência de imprensa, apontou que também na USIT ocorreu uma situação idêntica.

“O falecimento do Dr. José Barbeito originou a vacatura do cargo de Presidente do Conselho de Administração, mas só passado um mês e meio é que a Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, foi capaz de nomear um substituto”, avançou.

Salientando que durante esse tempo as duas principais respostas de saúde na Terceira estiveram sem liderança, José Miguel Toste alertou para o evidente caos que se vive no setor, “cuja responsabilidade política é da Secretária Regional da Saúde, Mónica Seidi, e em última instância do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, que tolerou e tolera toda esta situação”.

“A falta de liderança ao nível do Hospital é especialmente gravosa se considerarmos, por exemplo, que na verificação interna da conta do HSEIT de 2023, o Tribunal de Contas concluiu que foram assumidos compromissos em montante que excedeu em 41,6 milhões de euros os seus fundos disponíveis, sem liderança durante mais de um mês, de que forma este cenário que é grave poderá ser invertido? Ou, e esta parece-nos uma questão ainda mais grave, num momento que é de redefinição e de ajustamento das dinâmicas do Serviço Regional de Saúde, os interesses do Hospital da Terceira e dos Centros de Saúde da Ilha, junto de uma tutela que apesar de sediada na ilha, parece estar alheada dos seus problemas, ficaram mais de um mês sem voz”, afirmou.

Já em relação à questão da hemodinâmica, na qual existem duas visões conflituantes, José Miguel Toste alertou, uma vez mais, para as consequências da total ausência de liderança no hospital, salientando que também nesta matéria “a Secretária Regional se demitiu, por completo, de dirimir o conflito”, sendo que esta ausência de decisão é apenas lesiva para o HSEIT.

“Há, por incapacidade da Secretária Regional da Saúde, Mónica Seidi, secundada pelo Presidente do Governo Regional, uma total ausência de decisão política que salvaguarde o investimento na criação de um serviço de hemodinâmica no HSEIT”, afirmou o socialista, que salienta que as redundâncias no SRS devem ocorrer, preferencialmente, “através dos Hospitais que o integram e ter em consideração a componente geográfica e, em segundo lugar, quando se prevê a redundância de um Serviço, esta deve significar, uma redundância de instalações e de equipamentos, mas, acima de tudo, ao nível dos recursos humanos”, finalizou José Miguel Toste.