Hoje, já pela madrugada dentro, foi aprovado o Plano Regional Anual para 2012. Este é um documento fundamental de planeamento que é discutido há meses por Conselhos de Ilha e pelos diversos parceiros sociais que emitem pareceres e acrescentam valor em sede de anteproposta.
Aqui, na Sala das Sessões da Assembleia Legislativa, ainda são introduzidas novas alterações, sendo as mais relevantes para a Graciosa o reforço das verbas atribuídas para a Marina da Barra e novo Centro de Saúde.
Quando partimos para esta discussão o valor atribuído à Graciosa era de 29,3 milhões de euros, que representa 4,06% do total previsto para a região, que é de 722,4 milhões de euros. Tendo em conta a visão catastrofista que vi num apressado “olhar”, relembro que em 1996 a percentagem destinada à Graciosa era de apenas 1,9% do total investido nos Açores.
Este valor representa tão só um investimento per capita de 6.950 euros, o terceiro mais alto da Região, logo atrás do Corvo, com 19.352 euros e Flores com 7.377 euros.
A dotação agora aprovada irá permitir apoiar o programa de habitação degradada e a construção de casas para famílias carenciadas, construir a Creche, Jardim de Infância e Centro de Actividades Ocupacionais, prolongar o molhe de protecção do Porto de Pescas, terminar e equipar o novo Centro de Saúde, lançar a obra da Adega e Cooperativa, construir a rampa roll-on roll-off do Porto Comercial, fazer novos caminhos agrícolas, elaborar o projecto do novo Matadouro e terminar os procedimentos e lançar a obra da Marina da Barra, entre outros.
Os investimentos do Governo dos Açores não são apenas uma espécie de autoelogio, como se vê em algumas autarquias que só se importam com as páginas dos jornais esquecendo-se de quão efémeros são os escaparates. Pelo contrário, são pensados, planeados e executados para benefício das próximas gerações, por conseguinte, com repercussões a longo prazo.
Este Plano prevê e reserva um enorme esforço financeiro no apoio às famílias e empresas que passam por maiores dificuldades, neste momento difícil que o país atravessa por força das medidas impostas pelo Governo da Republica, que estão muito para além das inscritas no memorando de entendimento com as organizações internacionais e que penalizam gravemente os Açorianos.
Mas, neste momento de grande incerteza, os Açores podem esperar deste Plano um mecanismo para manter um bom nível de investimento, para proteger o emprego, dando assim a garantia que para este Governo Regional os Açorianos estarão sempre no centro da sua acção política.