Desde 2004 que a Agraprome (Associação Graciosense de Promoção de Eventos), nessa altura ainda em fase de constituição, organiza, com alguma frequência, eventos de natureza subaquática, por acreditar que os mares dos Açores constituem um património de valor incalculável. A beleza dos seus fundos conjugada com a temperatura amena das suas águas, a excelente visibilidade e a biodiversidade, fazem dos Açores um destino de eleição para mergulhadores de diversos níveis, desde os principiantes até aos que exigem maiores níveis de dificuldade, passando pelo mergulho técnico.
Foram três fóruns sobre turismo subaquático, dois campeonatos nacionais e três open’s internacionais de fotografia subaquática, organizações que abriram os mares da Graciosa e dos Açores a inúmeros mergulhadores que transformaram muitas fotografias em autênticas obras de arte, algumas plasmadas num livro que aquela associação publicou em 2008, denominado “Graciosa, a capital do mergulho”.
Tem sido uma aposta certa, sem dúvida. A partir de determinado momento este mercado passou a ser visto de outro modo e agora promove-se os Açores como destino de mergulho em diversas feiras mundiais.
Prevê-se o aumento da procura nos próximos anos no nosso país, por isso temos de estar atentos e trabalhar no sentido captar parte desse crescimento.
É para isso que a Agraprome trabalha e foi por isso que apresentou, em meados de 2011, uma candidatura para organizar o 1º Campeonato da Europa de Fotografia Subaquática, ao conselho geral da Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas que se realizou em Roma.
Já abordei estas questões diversas vezes, neste e noutros lugares, mas agora, infelizmente, pelas piores razões.
A Agraprome tinha muitas expectativas nesta prova. Era um passo importante para a consolidação da internacionalização dos eventos deste género realizados na Graciosa e nos Açores, pois previa-se a participação de, pelo menos, 16 países do continente europeu e eram esperados também jornalistas de revistas e sites da especialidade. Era de facto uma jornada importante e que trazia, implicitamente, uma grande responsabilidade aos organizadores, já habituados a esse peso.
Depois de atribuída a sua organização e de anunciada a data da sua realização, soube-se agora que esta prova foi cancelada pelo facto da Federação Portuguesa ter sido sancionada com uma suspensão de 2 anos.
Foi uma desilusão, não haja dúvida. Foi um contratempo com que a Agraprome não contava, de todo.
Mas nestas coisas a adversidade põe à prova as instituições e fortalece-as.