Ninguém pode deixar de considerar que um dos maiores problemas que Portugal enfrenta neste momento, para além da redução salarial que foi posta em curso através do corte de subsídios, aumento dos impostos, perda de direitos adquiridos e do clima de desesperança criado pelo governo de Passos Coelho, é o fenómeno do desemprego que transversalmente atinge todas as faixas etárias, independentemente do grau de ensino ou qualificação que possua.
Como é evidente, tanto quanto menor for o grau académico e de formação profissional, tanto maiores são as dificuldades na obtenção de trabalho.
O setor da construção civil é um dos mais afetados pela atual crise tendo, por um lado, como causa direta a recessão económica para a qual o país está sendo conduzido e por outro, o facto de grande parte dos trabalhadores daquele importante setor de atividade ser possuidor de baixas qualificações.
Ao longo dos anos, o governo dos Açores tem feito um forte e importante esforço no sentido de, através da formação profissional adequada, permitir a qualificação dos jovens candidatos ao emprego, dos cidadãos ativos e de todos quantos, atingidos pelo desemprego necessitam de obter novas e adequadas qualificações face à realidade atual.
Como foi afirmado pelo Presidente do Governo, Carlos César, o desemprego, no final do semestre poderá atingir um número ainda superior ao agora divulgado mercê dos inevitáveis ajustamentos que decorrem da situação do mercado.
Para os arautos da desgraça do costume, a atual situação, que deve constituir um desafio motivador da união de todos os agentes políticos, mais não tem servido do que para tentar retirar dividendos eleitorais, não tendo qualquer pejo em propalar falsas realidades e tecer comparações de todo impossíveis de estabelecer.
Ninguém minimamente responsável poderá afirmar que a situação do emprego é motivo de satisfação mas, é necessário relacionar as percentagens com o universo dos trabalhadores existentes e dos milhares de postos de trabalho criados ao longo dos governos socialistas.
Nesta hora, mais do que análises derrotistas e oportunistas há que traçar metas e apontar caminhos exequíveis que conduzam a uma maior empregabilidade através da ação dos poderes públicos e da iniciativa privada.
Segundo Vasco Cordeiro, candidato socialista à presidência do Governo dos Açores, têm-se de criar condições para a economia gerar emprego sustentado, sendo que a evolução do desemprego na Região só poderá inverter-se com a criação de condições para que as empresas açorianas possam gerar emprego com sustentabilidade, sem nunca descurar os apoios sociais aos desempregados.
Felizmente os Açores dispõem já de medidas que ajudam, efetivamente, os açorianos desempregados, mas não deixa de ser fundamental que as empresas regionais tenham a capacidade de gerar emprego sustentável. “A parte pública pode dar uma grande ajuda nisso, nomeadamente, através de programas de fomento à empregabilidade, casos dos Programas Estagiar L e T”, explicou Vasco Cordeiro, para quem é, ainda, necessário continuar o processo de requalificação dos recursos humanos.”
O candidato socialista à presidência dos Açores encara a situação de desemprego como um desafio que, dentro de um conjunto de medidas que já estão curso e outras que serão postas em prática, terá de ser vencido para ajudar as famílias e as empresas a minorar esta situação.
Segundo o candidato do PS/Açores, a evolução do desemprego está relacionada com o período de ajustamento que os Açores estão a viver na sua economia, exemplificando com a conclusão da fase de expansão ao nível da construção civil, mas também por causa das restrições de financiamento da banca aos privados.
“Percebidas estas causas, temos de continuar com um conjunto de cerca de uma dezena de medidas estruturais e conjunturais que já estão implementadas nos Açores ao nível da empregabilidade, assim como com novas soluções” afirmou ainda Vasco Cordeiro.
Como é do conhecimento público, o Governo dos Açores reuniu com os parceiros sociais tendo em vista uma conjugação de esforços conducentes à aplicação de medidas que contribuam para que sejam ultrapassados alguns constrangimentos que condicionam a situação do emprego na Região e se apliquem medidas eficazes de combate à crise que, embora não aqui gerada, está a atingir a maioria dos açorianos.
Só com uma união de esforços de todos os intervenientes quer sejam eles políticos, económicos ou sociais se conseguirá ultrapassar este momento menos bom!