1. Após reunião em que o Presidente do Governo Regional dos Açores, apresentou ao Primeiro Ministro a diferença na gestão das contas públicas entre os Açores e a Madeira, no que se refere ao défice controlado e dívida reduzida, tendo a nossa Região gasto apenas o que tinha, tal realidade permite reclamar, e com justiça, que não haja a implementação de medidas de austeridade para as famílias e empresas açorianas, contando com a solidariedade nacional para com a Região. Por seu turno, no final da semana foi a vez de reunir o Vice-Presidente e Ministro das Finanças, onde tiveram oportunidade de acertar essa forma de cooperação.
2. O Governo Regional dos Açores apresentou mais uma medida que visa dar resposta à atual conjuntura internacional e nacional, baixando os custos das taxas portuárias de contentores de 20 e 40 pés que são enviados para o exterior da Região, ficando em média 25% mais baixo do que os contentores que são importados. Assim, esta medida tem o intuito de incentivar e criar novas condições, que permitam aos empresários exportar os seus produtos, tornando-os mais competitivos, fora da Região e contribuindo desse modo para a criação de mais valias para a economia regional. Sendo também de registar, o início de um conjunto de obras nos portos das Flores, Horta e Praia da Vitória, previstas para o corrente ano, num investimento público que ronda os 4 milhões de euros, visando melhorar e reforçar as condições daquelas infraestruturas.
3. O Primeiro Ministro tem vindo a insistir que Portugal não é Espanha, referindo-se às recentes notícias que o governo espanhol não irá cumprir com o défice previsto para o corrente ano de 4,4%, de acordo com o que está comprometido com a Comissão Europeia, ou seja, está previsto para este ano em Espanha um défice de 5,8%. E isto porque o governo de nuestros hermanos, não pretende implementar mais medidas de austeridade aos espanhóis de modo a que a sua economia não caia em desgraça e daí o consequente aumento do desemprego, que por si já é um dos mais elevados da Europa.
Contudo, o Primeiro Ministro do Governo da coligação PSD/CDS-PP, também referiu que “os empréstimos portugueses já tem uma boa taxa de juro”, não havendo desse modo, esclareceu Passos Coelho, nenhuma possibilidade ou necessidade de o seu governo pedir nos próximos anos a reestruturação da dívida nacional. Isto, na mesma semana, em que a chanceler alemã, Ângela Merkel, manifestou a sua preocupação com o aumento dos juros das obrigações portuguesas. O facto dos espanhóis não cumprirem com as metas do défice para este ano, a chancelar mostra-se aliviada com a evolução do mercado da dívida espanhola e italiana e preocupada com a evolução das taxas da dívida portuguesa. Sendo o nosso país cumpridor de acordo com o Governo da República e os portugueses sofredores de medidas após medidas de austeridade que têm vindo a ser implementadas e impostas às famílias e empresas.
Afinal, no que ficamos!? Quem fala a VERDADE?
4. No último Conselho de Ministros, o Governo da República aprovou um conjunto de obrigações, com efeitos para a implementação do plano de redução de trabalhadores na administração central do Estado. Pretendendo desse modo reduzir anualmente esse número de trabalhadores da função pública. Tendo no ano passado ficado acima do exigido pela troika, ou seja, com uma redução de 3,2%, enquanto o memorando previa 2%. Se alguém ainda tem dúvidas aqui está mais um exemplo, o que interessa a este governo de coligação é somente os números.
Esta mesma reunião, serviu para esclarecer dentro do próprio governo, quem é o responsável pela gestão do QREN, tendo o Primeiro Ministro, Passos Coelho, levado mais de 8 meses para definir a própria estrutura do Governo e as suas competências ministeriais. Contribuindo de forma direta para paralisação de milhões de euros, que tanto fazem falta à economia nacional uma vez que são essenciais para dinamizar dois sectores fundamentais como a economia e o emprego, dado que os mesmo fundos são canalizados para as atuais e novas empresas melhorando a sua competitividade, possibilitando a implementação de novos investimento e consequente criação de novos postos de trabalho.
Este imbróglio criado pelos Ministros, demonstra claramente uma falta de coordenação nas finanças e na economia, bem como demonstra a falta de pulso do Primeiro Ministro, Passos Coelho.
Quem demonstra incapacidade de gerir a própria casa, é capaz de gerir o país!?
5. Ao contrário do que tem vindo a ser afirmado por Passos Coelho, que este governo não vacila, nada passa de meras palavras, e basta vermos a recente decisão que tomou, ao permitir que os trabalhadores da empresa pública TAP, mantenham os seus salários intactos, justificando que tratar-se duma “empresa em concorrência e em fase de privatização”. É claro, que os funcionários de outra empresa pública, neste caso a RTP, vieram reivindicar os mesmos direitos. Uma vez que se encontram nas mesmas condições, dado que se prevê a sua privatização. E não ficará por aqui…
E ESTE GOVERNO DA REPÚBLICA NÃO VACILA! IMAGINEMOS SE VACILASSE!