Não podia deixar de me pronunciar sobre as mais recentes notícias que reportam um aumento de 731 milhões de euros no que respeita à previsão para o investimento público em 2015, representando um acréscimo de 70 milhões de euros relativamente a 2014. Na proposta para o Plano de 2015 assumem particular preponderância o aumento da competitividade das empresas e a empregabilidade, o apoio à inclusão social e qualificação dos açorianos e o reforço das infraestruturas, em especial as redes regionais de transportes.
Quando se pensa que 50% do Plano é dirigido à competitividade das empresas, conseguimos entender que a prioridade é, sem dúvida, a criação de emprego. A taxa de desemprego que se tem verificado na nossa Região é um alvo a abater. Não há que contestar a noção de que investir nas empresas na Região é investir nos açorianos e nas suas famílias. É querer alavancar a nossa Economia como um todo.
Mas investir nas famílias e nas empresas exige que, paralelamente, se invista no reforço da nossa coesão social. Foi com especial satisfação que recebi nota do aumento de 17% nas verbas destinadas a este domínio e de 14% nas destinadas à infância e à juventude. É nas crianças e nos jovens que reside, na verdade, o futuro da nossa Região. Toda e qualquer medida que tenha como objetivo a melhoria das condições de vida das nossas crianças e dos nossos jovens, naturalmente aliadas a políticas de educação que visem o combate ao insucesso e abandono escolar, são políticas-garante do seu futuro e, em consequência, do desenvolvimento da nossa Região.
É com alegria, não escondo, que vejo o aumento do investimento público nas previsões da proposta do Plano Regional para 2015. Em todo o equilíbrio que sei ser necessário no desenvolvimento de um Plano Regional, o que denoto é uma verdadeira e contínua preocupação com as pessoas, por mais que os habituais arautos negativistas queiram tentar convencer que assim não é e que nada resulta. Anima-me que se queira continuar a trabalhar tendo sempre em vista a melhoria do nível de vida dos açorianos, na progressiva esperança de que efetivamente melhoraremos o que está menos bem.
Num contexto em que o nosso país é alertado pela Organização das Nações Unidas no sentido de se ter em atenção que o índice de desenvolvimento humano em Portugal está a ser ameaçado pelo desinvestimento público, é sempre bom(mais uma vez) verificar que, para essa regressão, não contribuirão os Açores. No Relatório intitulado Sustaining Human Progress: Reducing Vulnerabilities and Building Resilience, a ONU claramente alerta que “é momento de tentar pensar em formas de apostar num crescimento inclusivo e sustentável a longo prazo”. E tendo as propostas do Plano para 2015 recolhido ampla recetividade por parte dos parceiros sociais, é para aí que caminhámos. Em consonância com todos, rumo a um caminho sólido de crescimento.
A maior prova de que os açorianos são ouvidos está nas notícias que nos chegam deste Plano. Com previsões que denotam que ninguém está a dormir na cadeira mas que estão bem atentos às necessidades das pessoas. E elas sabem que, para se perceber as necessidades dos açorianos, é preciso muito mais do que perder tempo a fazer a notícia(zinha). É preciso agir. E é exatamente o que o Plano para 2015 pretende. Este é um Plano com planos para trabalhar ainda mais. Com ainda mais afinco. Sempre na senda do crescimento dos Açores, aos mais variados níveis.