Devido à forma dispersa das ilhas, a Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores é de quase um milhão de Km2. A distância entre Santa Maria e o Corvo é de 602 Km. Estes dados demonstram bem a enorme projeção atlântica que a região dá ao nosso país.
Conhecidas que são as potencialidades dos fundos marinhos e a necessidade de preservar os recursos haliêuticos, o Estado Português tem a obrigação de fiscalizar esta imensidão azul que representa 57% da ZEE Nacional e 30% da ZEE Europeia.
A Força Aérea Portuguesa, com uma base operacional nas Lajes, tem vindo a desempenhar um papel de enorme relevo nos Açores, nomeadamente a partir do final dos anos 70. O transporte de pessoas de para e de ilhas sem aeroporto foi uma das suas primeiras incumbências, mas as evacuações médicas das ilhas sem hospital revelaram-se, em todo este tempo, como uma das mais nobres missões daquela força militar.
Os Açorianos das ilhas mais pequenas conhecem bem esta realidade. Muitos passaram por isso, ou tem familiares ou amigos que tiveram essa experiência.
As operações de resgate e salvamento são, também, uma componente com muita relevância pelas inúmeras vidas recuperadas a uma morte quase certa.
Nos Açores os bons serviços prestados pela Força Aérea são reconhecidos pela maioria dos cidadãos, muito embora nos últimos tempos se tenha registado uma degradação dos meios ao dispor daquele ramo das Forças Armadas, como é o caso da falta de comandantes para os helicópteros que, como se sabe, já alguns problemas originou no passado recente.
Na última visita da Secretária de Estado da Defesa, Berta Cabral, que coincidiu com passagem do Primeiro-Ministro, esperava-se que trouxesse algumas novidades sobre essa matéria, mas da sua parte apenas ouvimos que os meios existentes nos Açores eram os suficientes.
Não se percebe.