Na passada semana debatemos e aprovámos o Plano de Investimentos e o Orçamento dos Açores para o ano de 2015. As propostas aprovadas são mais um passo, na afirmação da Via Açoriana que apresentámos como projeto político aos eleitores nas últimas eleições legislativas regionais. E num tempo de exceção em que todos devem estar disponíveis para o diálogo e para a convergência de interesses, aceitámos propostas e contributos de todos os partidos políticos no Parlamento. Fizemo-lo convictos da importância de contribuir para um compromisso alargado em defesa da nossa Região e da nossa Autonomia. Uma Autonomia sustentável e ao serviço dos cidadãos. Que usa as nossas competências para garantir a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde e que se recusa a entregar a tutela deste serviço a Lisboa. Com o empenho e determinação dos profissionais de saúde da Região que todos os dias contribuem para essa sustentabilidade; Uma Autonomia que garante uma rede de apoio social forte, do melhor que se faz na Europa, com a ajuda e apoio inestimável das nossas Instituições de Solidariedade Social e dos seus colaboradores; Uma Autonomia esclarecida, que permite intensificar e aumentar a nossa aposta na qualificação e na educação, liderando uma plataforma de sinergias entre professores, pais e alunos para mais sucesso escolar. Uma Autonomia que não se diminui numa posição meramente reivindicativa, mas uma Autonomia que acrescenta, que confere maior dimensão geopolítica e atlântica a Portugal; Uma Autonomia que nunca deixará de defender intransigentemente os nossos interesses perante o Estado Português em questões como a defesa dos trabalhadores portugueses da Base das Lajes e a minimização dos impactos económicos e sociais da anunciada redução de contingente norte-americano, da garantia de meios aéreos de evacuações de emergência, de garantia de serviços do Estado condignos e com os meios adequados na Região, porque não somos portugueses de segunda. Uma Autonomia que encara a promoção do emprego e da empregabilidade como a prioridade das prioridades. E sobre o debate da passada semana, não podemos deixar de realçar as contradições do maior partido da oposição, o PSD Açores. Ao mesmo tempo que debatemos o Plano e Orçamento para 2015 da Região, foi debatido e aprovado o Orçamento de Estado na Assembleia da República. Aqui, num Plano e num Orçamento que aumenta o investimento público, que aumenta as dotações para o emprego, para a empregabilidade, para a competitividade empresarial, para a educação e que mantém os apoios sociais o PSD vota Contra. Na República, num Orçamento de Estado que mantém a política de austeridade dos últimos anos, que mantém uma enorme carga fiscal sobre as famílias e sobre as empresas e que continua a política de cortes nos ordenados, nas pensões e nos rendimentos das famílias, o PSD Açores vota a favor. Mais uma vez, escolheram ficar do lado errado da história. Preferem ser um problema, em vez da disponibilidade para ser parte da solução…