Temos muito trabalho pela frente na recuperação do nosso tecido económico e na diminuição do desemprego na Região.
Somos a favor dessa ambição e dessa vontade de fazer e distinguimo-nos de certa oposição reincidente cuja ambição parece ser a de a tudo se opor e tudo desfazer. De uma oposição como a do PSD, que nos Açores defende a solidariedade da República mas que dá instruções aos seus deputados, no continente, para não votarem a favor desta mesma proposta; de um partido que, nos jornais, reclama pelo aumento da pista da Horta, mas que, aquando do parecer no Orçamento de Estado, não votou a favor dessa proposta; de um partido que se diz preocupado com os trabalhadores da Base das Lajes, mas que, quando confrontado com uma proposta que estabelece um plano de estímulo por parte do Governo da República para a ilha, não dá o seu voto favorável; de um partido cujos deputados na República votam no sentido de reduzir o apoio do Rendimento Social de Inserção e que, nos Açores, com a maior desfaçatez, apresenta propostas exatamente no sentido contrário.
Falo-vos de um partido que, apesar de diariamente apregoar um “estado calamitoso” das finanças públicas regionais, vota contra a reposição das transferências para os Açores que nos tinham sido tiradas aquando do aumento de impostos em 2013.
É deste partido, do PSD, tão estranho quanto contraditório, que ouvimos dizer que este Plano de Investimentos e Orçamento para 2015 não apresenta novas soluções.
E que dizer do PSD? Que soluções apresenta?
Soluções para coisa nenhuma!
Quem critica deve assumir a responsabilidade de apresentar alternativas, de dizer como se resolvem os problemas, de avançar com soluções concretas.
À entrada para este terceiro ano da Legislatura, das várias iniciativas legislativas apresentadas pelo PSD, algumas evidentemente válidas, nenhuma se dirigiu especificamente ao combate ao desemprego que é o maior desafio dos Açores na atualidade. Peço desculpa pelo lapso! De facto, apresentaram uma única, sim senhor: queria o PSD, caindo no mais absoluto ridículo político, por os jovens açorianos a criarem plataformas de exploração de petróleo e a transformarem minérios. Retiraram felizmente, ainda que à socapa, a proposta da Assembleia poupando-nos a todos.
Quem, ao longo de mais de dois anos, com o seu misterioso gabinete de estudos, não conseguiu apresentar mais do que isso, e quem agora de olhos fechados avisa que vai votar contra o que houver, pouca credibilidade tem para criticar todas as mais de 80 medidas propostas e implementadas pelo Governo.
Quem, apregoou aos “sete ventos” que queria diminuir os impostos nos Açores e recusa, agora, o convite feito pelo Presidente do Governo a todos os partidos, para se sentarem e discutirem a melhor forma de o fazer, demonstra, claramente, que o seu único propósito era a “politiquice” e a crítica, em vez do trabalho conjunto em benefício dos Açorianos,
À crítica constante, o PS tem de responder estando ao lado das empresas que precisam de medidas para manterem os seus postos de trabalho, para exportarem, para crescerem e para criarem riqueza.
Ao desmerecimento dos resultados, o PS tem de responder com novas soluções para os açorianos que estão sem emprego e que têm o direito de ter um rendimento que lhes garanta a dignidade.
Ao ataque contínuo, o PS tem de responder apresentando políticas inovadoras que permitam elevar os Açores e garantir a sustentabilidade do seu desenvolvimento.
À oposição que valoriza o diálogo sem perder a diferença e que critica sem se desresponsabilizar de propor temos de prestar a nossa homenagem e reafirmar a nossa disponibilidade para confluir.
À oposição a tudo e a todos que faz o PSD, temos de dizer que não nos dissuadem de fazer melhor.
Dizemos ao PSD: falem mal de tudo; nós ouviremos com paciência! Votem sempre contra; nós trabalharemos a favor!
Aos açorianos damos uma certeza: cumpriremos a nossa missão, servindo, como sempre, os Açores, e tudo fazendo para defender e apoiar os açorianos!