Opinião

Políticas de Juventude

Poderíamos pensar que as políticas de juventude adotadas por este Governo Regional se plasmam apenas no Projeto que se denomina “Juventude” quando, na realidade, o que se verifica, mais uma vez, é uma atenção aos mais jovens nas mais diversas vertentes do Plano. Quando falamos em Políticas Sociais, em Políticas de Educação, de Saúde, quando falamos em Políticas de Emprego estamos, também, e de forma muito centrada, a falar de políticas que estão profundamente vocacionadas para a proteção dos jovens açorianos e para o desenvolvimento das suas potencialidades. O desemprego jovem, situação que afeta mais de 5 milhões de jovens na União Europeia, também se faz, infelizmente, sentir na nossa Região, mais ainda por sermos a Região que mais juventude tem no País, realidade que faz com que a questão da empregabilidade jovem, ou falta dela, tenha aqui uma expressão muito particular. No combate ao desemprego jovem, muito se tem feito. Desde logo através da criação de um ecossistema empreendedor, que permita aos nossos jovens criar condições de sustentabilidade própria, incentivando-os a criar o seu próprio emprego. Tem-no feito através da sensibilização para o empreendedorismo jovem, com o Projeto “Educação Empreendedora” e através do sistema de incentivos Empreende Jovem, graças ao qual já mais de 260 jovens criaram a sua própria empresa, ajudando assim os jovens açorianos a desenhar projetos de vida - concebendo, criando, arriscando e acreditando que conseguem vencer. A aposta das políticas deste Governo passa igualmente pelo primeiro contacto com o mercado de trabalho, através dos Programas Estagiar L e T, e com a sua posterior inserção no mercado de trabalho, através do Programa de Incentivo à Inserção do Estagiar L e T. Até hoje, foram já milhares de jovens abrangidos por estes programas e o Programa PIIE, recentemente implementado, também já começa a dar resultados positivos. O Plano para 2015 tem também o objetivo de potenciar os nossos jovens. É um documento que assume claramente um pendor social, que visa imbuir a juventude açoriana de um sentimento de responsabilidade para com o próximo e de consciencialização para as questões sociais envolventes. É clara a intenção de potenciar o espírito de associativismo jovem que desenvolva projetos de cariz voluntário, de ajuda ao próximo, e de participação cívica e intervenção comunitária, na prossecução de uma sociedade mais justa e solidária. A mobilidade jovem assume também um papel preponderante neste Plano para 2015. Quer-se que os jovens açorianos continuem a beber de experiências que lhes tragam conhecimento e dinamismo, que os enriqueçam e lhes deem ideias para que nos Açores possam aplicá-las e desenvolver os seus projetos. Os Açores precisam dos seus jovens em cada uma das ilhas. Precisam do seu potencial. Só assim estará assegurado um contínuo desenvolvimento local e regional, uma contínua valorização da nossa cultura e das nossas gentes, na preservação de tudo quanto nos é intrínseco. Queremos que os nossos jovens se enriqueçam, que estudem, que se formem, porque os Açores precisam deles. As nossas crianças e jovens são a verdadeira essência do trabalho que aqui desenvolvemos. Tudo aquilo que se decide, tudo aquilo que pomos em prática, é neles que se irá repercutir. E é para ajudar os nossos jovens a conseguir derrubar barreiras e ultrapassar obstáculos que todos nós aqui estamos, tendo sempre em mente que o que hoje aqui se faz, no futuro da nossa Juventude terá reflexo.