É inquestionável o papel que a nossa companhia aérea teve, tem e certamente continuará a ter na nossa Região.
A história da SATA confunde-se com a história dos Açores no século XX, sendo esta empresa um dos pilares do nosso regime autonómico.
Agora, a SATA está confrontada com um novo quadro e uma nova conjuntura.
As novas Obrigações de Serviço Público nas ligações aéreas entre os Açores e o Continente abrem uma nova fase que obriga a SATA a desenvolver as transformações necessárias para responder a estes novos desafios.
Teremos rotas liberalizadas com a consequente abertura a novas companhias, os Açores passarão a ser um aeroporto único, os encaminhamentos entre ilhas estarão assegurados para ligações exteriores a partir de outros aeroportos que não o da ilha do residente e haverá um teto máximo de tarifa de 134 euros para residentes e 99 euros para estudantes.
São exemplos de algumas mudanças que alteram todo o paradigma vigente até aqui.
Com base nisto, já é conhecido o Plano Estratégico da Empresa 2015-2020.
Um plano ambicioso, corajoso e que prepara a nossa companhia aérea para se posicionar de forma competitiva e consistente numa realidade diferente da que existe hoje.
De todas as questões referidas nesta plano estratégico, destacamos a planificação que pretende garantir a sustentabilidade financeira da empresa, o facto de não estarem previstos quaisquer despedimentos e o pressuposto essencial de a SATA continuar a ter como prioridade um serviço público de qualidade aos Açorianos, o pressuposto que é a razão da fundação e da existência desta empresa.
Muito tem sido dito sobre este assunto. Certamente muito mais será dito.
Mas numa matéria tão importante como esta devemos separar o trigo do joio e perceber o que são informações fidedignas e corretas e o que é alarmismo e tentativa de aproveitamento político-partidário de descontentamentos localizados que possam surgir.
Todos têm legitimidade para questionar, para exigir todos os esclarecimentos, para garantir que todos os açorianos percebem o que está em causa e quais as mudanças e transformações que vão ocorrer.
A discordância e a diferença de opiniões e de opções políticas para a SATA são normais e legitimas.
Mas não é aceitável que se utilize uma questão tão importante como o futuro e a sustentabilidade da nossa companhia aérea como arma de arremesso político.