Opinião

Em Marcha

Está mais uma redução de trabalhadores portugueses das Feusaçores. A mais significativa, pelo número e pela mudança de paradigma que traduz. Impossível ficar indiferente. Apesar de tudo, e como se adivinhava, há aspetos menos trágicos na redução direta: ela far-se-á por acordo, e os direitos dos trabalhadores atingidos ficam razoavelmente acautelados. Em grande parte, graças a uma lei especial aprovada em 96 na AR, sob proposta do PS/Açores. Porque nem tudo são imprevistos e improvisos… Daí que a respetiva CRT tenha dito que o processo “parece bem encaminhado”. Mas também é avisada, e não contraditória, uma enorme preocupação. Trata-seda perda de 350 postos de trabalho. Isto de forma direta. Para além dos particulares e empresas que trabalhavam para as Feusaçores ou cidadãos norte-americanos, ou lhes forneciam outros bens ou serviços – número largamente mais impactante, bem como as respetivas sequelas. E, aqui, sem compensação prevista. Há que acionar medidas mitigadoras, como o PREIT. Porém, a República e seus atuais feitores, beneficiários e responsáveis pelo fenómeno, continuam sem ir “para além” do Tejo… Pelo que urge ir ao “Paço”, para não ficarmos apenas a fazer cruzes!