Aproxima-se o Natal – tempo de pausa, balanço – e também de planeamento de um desejado novo recomeço que a aproximação de mais outro ano propicia, ao menos nas boas intenções…
A Europa, com a chamada crise dos refugiados, não pode já disfarçar mais que o seu grande impasse não é monetário, mas político. Os verdadeiros desafios, em catadupa, desde a banalização do terror, síndroma afinal dum mal-estar com cidadania europeia, até o prometido agravamento conservador do ceticismo britânico (ou inglês?) relativamente à própria União…
Os portugueses livraram-se, soberanamente, da sucursal troikista em versão de dueto desafinado.
A solução encontrada, para além de absolutamente legítima sob o ponto de vista constitucional, é politicamente coerente. A coligação de direita, em versão de missa negra, abriu involuntariamente caminhos politicamente inusitados! E os resultados vêem-se já, ao nível da reposição de direitos e rendimentos. E essa distensão beneficia também os Açores, como se viu com a recente aprovação da proposta de lei açoriana, no sentido da majoração, para a Ilha Terceira e até 2019, dum conjunto de prestações sociais, como o subsídio de desemprego, RSI e abono de família.