Estamos no Natal, época propícia à reunião das famílias e ao reencontro com amigos. Por ser também final de ano, é altura para fazer um balanço do que se passou e perspetivar o futuro.
Nesta quadra abandonamos os pequenos problemas e dedicamos toda a nossa atenção às agruras que, de um modo mais transversal, afetam a humanidade. A comunicação social farta-se de nos lembrar isso mesmo e põe-nos as imagens na sala de estar, de um modo nu e cru, que apresentam uma realidade que por vezes ignoramos.
O mundo sofre. O ano 2015 foi o mais quente de sempre. As temperaturas aumentam de mesmo modo que aumenta a poluição. As calotes polares derretem-se enquanto em alguns países disparam os alertas de poluição excessiva.
As guerras proliferam por esse mundo cada vez mais belicista. Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, Iémen, são alguns países consumidos por conflitos fratricidas. Destroem-se cidades, vilas e aldeias. Dizimam-se populações completas, como se nada fosse e as crianças, como é costume, são as que mais sofrem.
Os refugiados aumentam. Famílias inteiras fogem em precárias condições da guerra que lhes roubou familiares e amigos. Os que escapam tentam reconstruir as suas vidas a partir do nada em países distantes e nem sempre amigáveis.
O terrorismo surge de bolsas de descontentamento geridas por radicais extremistas que estão a destabilizar as democracias dos cinco continentes.
As mulheres e os homens de boa vontade do mundo inteiro têm de deixar de lado as suas diferenças e juntar esforços para melhorar o nosso planeta. Têm de apelar à solidariedade de todos para os que mais sofrem.
As mulheres e os homens que governam o mundo têm de travar o aquecimento global e o avanço dos desertos antes que estes sejam irreversíveis. Têm de acabar com as guerras que matam aos milhares e alimentam sórdidos movimentos capazes de abalar o mundo com o terror das suas ações.
Nestes dias de harmonia é preciso renovar a esperança num mundo melhor. É preciso acreditar que o Natal pode ser, afinal, quando um Homem quiser.