É oportuno falar de eleições. Lembrar o facto de estamos perante mais uma consulta democrática, com sufrágio direto, secreto e universal.
As primeiras em Portugal foram em 1975, para a Assembleia Constituinte. Trata-se de uma conquista recente e valiosa.
Claro que a participação cívica e democrática não se deve esgotar no ato de votar, mas ele continua a ter uma enorme importância.
Sabe-se que apesar dos modernos meios da revolução informática, a abstenção real não coincide, sendo inferior, à abstenção nominal. Creio mesmo ser altura de fazer um balanço desapaixonado acerca da opção de gradual descontinuidade do nº de eleitor e extinção do respetivo cartão, que não foi integrado no cartão de cidadão a que agora se recorre.
Nos Açores, face à elevada mobilidade e sazonalidade residencial, para além da emigração, sabemos bem que o número de eleitores inscritos é bem superior aos efetivamente residentes, o que já levou, inclusive, a alterações na nossa Lei Eleitoral.
Ainda assim, e para além da resolução dessas questões “técnicas”, é sempre urgente insistir na pedagogia do voto e da participação democrática dos cidadãos. Informação e motivação são pois essenciais. Por isso, vote!