Opinião

Governos PS em alta no discurso e ação

Sem invocar a fenomenologia e a hermenêutica de Ricoeur, aos discursos dos Governos PS de cá e lá tem-se seguido a ação. Passados 4 meses desde a tomada de posse de Costa, reforça-se a proximidade para com as autonomias regionais. Na boa senda dos governos socialistas, esta semana a agenda da “cimeira Açores-Lisboa” esteve em alta em prol da autonomia dos Açores. Em pouco tempo, acentua-se o contraste com o centralista e fugidio Passos Coelho. O Governo dos Açores demonstra também que sabe o que quer e para onde vai. Neste 1 de maio, o bom entendimento entre os socialistas, é útil e eficaz para a autonomia. Na república, a aprovação do Pacto de Estabilidade e do Plano Nacional de Reformas mostrou a clarividência do atual modelo de governação. Enredada e contorcida nas suas contradições, a “caranguejola da oposição”, fez jus ao seu nome. Como o caranguejo não só puseram o país a andar para trás como estão incomodados pela “geringonça funcionar”. Neste ponto, só há o modelo socialista perante a insistência da oposição em pré-anunciar aquilo que no fundo gostaria que estivesse a correr mal. Afinal, os sinais de retoma mostram ser possível aliar equilíbrio entre a consolidação orçamental e a coesão social. Maior confiança dos empresários e consumidores, exportações com tendência positiva, boas cifras nos bens de consumo e no turismo, resultam de uma nova postura política. Estamos a sair do poço e não a escavá-lo para nos afundarmos mais, como no tempo de Passos. A direita sempre se arrogou única nas teorias de salvação orçamental. Como se diz nos Açores, está agora “sem água no leme” diante dos atuais dados orçamentais positivos: saldo orçamental, saldo primário, aumento das receitas, despesa com pessoal com aumentos menores do que o previsto nas metas orçamentais, e despesas correntes abaixo das previsões, apesar da justa reposição do complemento solidário para idosos, do rendimento solidário de inserção, do abono de família e da atualização das pensões mínimas. Priorização de fundos comunitários com impactos no investimento, emprego e exportações rematam as boas opções do governo PS. Cai por terra mais um mito (pouco urbano), a ideia de que só a direita saberia “endireitar” as contas. Sem “boicotes comunitários”, lá como cá, é possível mais crescimento, melhor emprego e mais igualdade. Governos PS em alta no discurso e na ação. Boas festas!