O Primeiro-ministro António Costa visitou oficialmente os Açores no passado fim de semana, uma iniciativa semelhante ao que outros PM´s realizaram no passado.
A grande diferença foram os objetivos divulgados por António Costa – a coesão nacional e o aprofundamento da Autonomia - e o espírito de cooperação que o PM revelou para com a nossa Região, na pessoa do Presidente Vasco Cordeiro.
O balanço final da visita de António Costa superou todas as expectativas. A lista de assuntos tratados e de compromissos assumidos é da maior importância.
O Governo da República disponibilizará mais de 100 (cem) milhões de euros para ajudar na recuperação dos prejuízos das intempéries de dezembro. Ligações aéreas em operação “low-cost” para a ilha Terceira. Instalação de um Centro de Observação Oceânica no Faial. Início do processo de construção de uma nova Prisão em São Miguel. Reforço da capacidade operacional da Força Aérea nos Açores. Novas soluções referentes à reabilitação de instalações das Forças de Segurança instaladas na Região. O PM assumiu que vai defender em Bruxelas o reforço do programa POSEIMA para apoiar os produtores de leite açorianos. E talvez o anúncio mais importante a longo prazo, Costa comprometeu-se a encerrar o contencioso com a Região sobre os direitos dos Açores à cogestão do Mar – uma polémica criada pela negação desse direito por parte da maioria formada pelo PSD e pelo CDS na Assembleia da República, nos tempos do governo de Passos Coelho.
É este quadro de ganhos históricos para os Açores que explica o pronunciamento de Duarte Freitas sobre a visita de Costa. Freitas deixou-se dominar pelo pior dos seus conselheiros: o desespero. De cabeça perdida, o presidente do PSD chegou ao ponto de apelidar o atual Governo Regional como “o pior de sempre”. É o grau zero da política.
O que Duarte Freitas merecia era que alguém lhe dissesse que ele sim é o pior presidente de sempre do PSD-A. Mas seria um erro descer ao seu nível. Devemos pugnar sempre pela elevação e pela dignificação do debate político e do confronto de ideias diferentes. Isso é que interessa às pessoas.