A Autonomia faz 40 anos em setembro próximo. Foram 40 anos de lutas e conquistas. Foram 40 anos em que cada um dos seus dias representou um novo desafio, uma nova batalha a vencer. A Autonomia deu aos Açorianos os benefícios da autodeterminação, que moveram as águas em tempos de tormenta e nos mantiveram à tona de muita da turbulência que, vinda do exterior, também afetou as nossas nove ilhas. A Autonomia colocou-nos em contacto com o Mundo, sintonizou-nos para a modernidade e para o desenvolvimento. Tendo sido constitucionalmente consagrada, pudemos decidir para e a favor dos Açorianos. Conseguimos fazer mais e melhor- ainda que muito mais e muito melhor haja ainda para fazer. Nos últimos anos ultrapassámos fases de grandes dificuldades – e ultrapassámo-las porque tivemos órgãos de governo próprio que souberam afirmar aquela Autonomia e utilizá-la em prol das nossas dos nossos jovens, dos nossos idosos, das nossas famílias e empresas. A título de exemplo mais recente, num contexto de violenta austeridade com que nos brindou o Governo de Passos Coelho, os Açores, conduzidos por um Governo socialista, souberam, de forma certa e segura, caminhar num caminho estável e de contínuo trabalho de mitigação dos efeitos das medidas impostas por Lisboa. Conseguimos, no meio da dita crise económica – e das medidas de um Governo PSD obcecado em exigir dos portugueses para além do necessário - manter-nos firmes na determinação de que nos Açores se trabalha pelas pessoas de forma conscienciosa e humana. São disso espelho as diversas medidas implementadas pelo Governo de Vasco Cordeiro, a nível de apoio social, de apoio económico, de aposta no empreendedorismo e na formação, de apoio à contratação, e tantas outras que serviram de almofada a tantas famílias, tantos jovens, tantas empresas dos nossos Açores numa época de grandes dificuldades. Nunca embalado por qualquer euforia que naturalmente permitiriam os bons indicadores económicos que constantemente têm sido emitidos pelo Instituto Nacional de Estatística e do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, o presente Governo do Partido Socialista nos Açores tem trabalhado incessantemente por um cada vez mais sustentável desenvolvimento económico. Essa é a base de todo o progresso. Com a abertura do espaço aéreo às companhias aéreas low cost presenciamos uma nova vaga de crescimento a nível do Turismo, que tem suportado um acréscimo constante da criação de emprego na Região nas mais variadas áreas. Mais emprego, mais e melhor desenvolvimento. Temos hoje números fiáveis, emitidos por entidades de renome, que não permitem qualquer tipo de suspeição e que indicam que os Açores estiveram (e estão!) no caminho certo. Há quem, no entanto, se divirta a criar cenários apocalípticos, inspirados em números sabe-se lá de que proveniência, de modo a subestimar o bom trabalho que até agora tem sido feito. A humildade de saber reconhecer quando são implementadas boas medidas só favoreceria esses partidos da oposição, em particular o PSD. Mas não. Atêm-se à crítica fácil e atabalhoada, assim disfarçando a sua completa inabilidade de propositura, como se aposição (de oposição!) que lhes foi conferida pelos açorianos – claramente expressa nas urnas – lhes retirasse qualquer dever de contribuir com as suas próprias ideias para alteração daquilo que consideram que poderia ser melhorado. Assim, só uma coisa há a concluir – que o próprio PSD, não expondo ideias (que provavelmente não tem), admite tacitamente que os Governos do Partido Socialista têm governado bem - porque criticar de forma incessante não basta, sendo mesmo uma demonstração clara da inconsequência com que encaram o serviço público, que deveria ser para e pelos Açorianos, e não, egoisticamente, por si próprios. Entretanto, continuamos a crescer. E não se vê jeitos de pararmos.