É preciso criar ritos. O Dia da Região é, por tudo e todos, um desses ritos que devemos cultivar, para rememorar e avançar.
O Presidente Vasco Cordeiro, em discurso apropriado, lembrou o sucesso dos 40 anos e identificou o “proprietário”: o povo açoriano. Sem esquecer o contributo de muitos; fazendo um balanço objetivo e positivo; reafirmando o caráter dinâmico do processo autonómico e do novo impulso que é preciso dar-lhe, na sequência aliás do repto lançado há um ano.
Porque é preciso consensualizar e flexibilizar posições, em nome dum fundamental consenso legitimador, dos dois lados do mar, Vasco Cordeiro não foi exaustivo sobre as concretas soluções, embora tenha aberto as pistas suficientes (participação cívica, combate à abstenção, gestão do nosso mar e restante território, aposta nas pessoas e nas novas tecnologias…) para quem quiser, em conjugada leitura, designadamente com a moção global aprovada por unanimidade no último congresso do PS, escalpelizar mais profundamente que há ideias e propostas concretas e inovadoras, a aguardar na ágora os consensos que urge construir.
O Presidente falou certo, no dia apropriado. Mas há outros que desafinam, quando “tocam de ouvido”!