No final de 2015 Portugal teve um défice de 4,4% do PIB, mais do que 3%, ou seja, do limite previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia. A cifra de 4,4% integra os custos da medida de resolução do Banif. O défice teria ficado nos 3,2% sem o caso Banif. A anunciada aplicação de sanções pela Comissão Europeia (CE) pode assumir significado simbólico, ou multas equivalentes até 0,2% do PIB de Portugal ou mesmo a suspensão temporária dos fundos estruturais europeus. Seriam sanções injustificáveis, hipócritas e retroativas se viessem a ser tomadas pelo Ecofin no próximo dia 27 de julho.
Esta tessitura é ignóbil. Diversos países já “violaram” pelo menos 165 vezes o limite do défice imposto por Bruxelas. Em 51 casos essa violação era permitida, porque os respetivos países estavam em recessão. Ou seja, em 114 casos não havia justificação e nada aconteceu e, pasme-se, a França é a campeã das violações, com a Alemanha de Merkel e do “sinistro” Schauble a violar a regra 7 vezes, sem autorização em 5 delas. Nestes casos, ninguém piou na “turma de nomes esquisitos”como Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, presidente da CE, Valdis Dombrovskis, vice-presidente da CE Wolfgang Schauble, Ministro das Finanças Alemão. Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade ou Valdis Dombrovskis. Porém, o primeiro a comportar-se como “delator político” foi o Presidente do PPE, Manfred Weber, que enviou uma carta a Jean-Claude Juncker, pedindo-lhe, sanções a Portugal e Espanha. O PSD sendo primeiro responsável por eventuais sanções, “afilhado” do PPE e Paulo Rangel como vice-presidente do seu grupo parlamentar já não ficaram bem na foto da sua família política. Até o PSD de Coelho parece ufano pleno de antipatriotismo político partidário. Se Junker chama retro nacionalistas aos governantes ingleses que se demitiram após o Brexit, então como apelidar a “turma de nomes esquisitos”? Retro europeístas, no mínimo! Sanções? Vade retro como na abadia da Baviera…
Mais: O projeto de requalificação da Escola das Capelas, compromisso anunciado em 2012, foi ampliado e agora cumprido. Com bom senso e sem “calores eleitorais” teremos uma escola nova que depois das obras será uma nova escola.