O Turismo nos Açores continua a crescer. Nos últimos meses, esta já se tornou uma costumeira e inegável verdade (e ainda bem que assim é!). Mas, como é bastante normal, e até lógico, pouco se ouve sobre a matéria por parte dos coros eleitoralistas da oposição açoriana. O que não convém, é incómodo ou, em boa verdade, o que é irrefutavelmente um sucesso não merecerá, de turbas melindradas, qualquer tipo de reconhecimento. Não obstante, o desenvolvimento do Turismo nos Açores é claro para todos e basta pôr o pé na rua para se constatar o facto.
De janeiro a maio de 2016 registaram-se quase 490 mil dormidas nos nossos estabelecimentos hoteleiros, um valor superior em 36% ao que se registou em igual período de 2015. Foram registados cerca de 169 mil hóspedes, com uma taxa de variação positiva de 31,8% relativamente ao mesmo período de 2015, enquanto que no país a variação foi de 10,4%.É bom? É. É preciso fazer mais? É. Num quadro de desenvolvimento como este, com sinais evidentemente positivos, torna-se necessário acautelar uma diversidade de fatores – salvaguarda e proteção do meio ambiente, formação de ativos, qualidade de serviço, equilíbrio nos preços cobrados ao turista, entre outros – que assegurarão a manutenção da aposta do mercado internacional no destino Açores.
A alguns velhos do Restelo que se têm manifestado a dizer que isto é apenas a impetuosidade inicial decorrente da abertura do espaço aéreo às companhias de baixo custo, é preciso responder com a consciência de que, efetivamente, muita coisa há ainda a aperfeiçoar mas que mudanças bruscas nunca foram amigas da perfeição. No entanto, em pouco ajudam os arautos agoirentos que desejam intimamente que as coisas corram mal (e tantos que há por aí!). Muito mais úteis e produtivas são as posturas construtivas, de preferência desprovidas daquela bílis habitual que expelem nas redes sociais. Cá por mim, prefiro acreditar que isto são apenas bons augúrios do que ainda está para vir.
Os últimos quatro anos trouxeram a maior transfiguração do setor do Turismo de que temos memória. E há muito que os Açores o mereciam. Somos uma Região exemplar em muitos indicadores. Somos uma Região que se tem debatido por serviços públicos de qualidade, pelo equilíbrio das nossas contas públicas e pela salvaguarda do nosso setor primário. Temos uma qualidade ambiental muito superior e que nos garante a diferenciação dos habituais destinos europeus.
Quanto à oposição, pouco se tem debruçado sobre os números do Turismo nos Açores. Não convém, porque as coisas estão a andar bem, preferindo aqueles partidos divergir a artilharia para outros setores nos quais nos temos deparado com claros desafios, muitos deles alheios à própria Região. Do muito que foi cumprido, nem uma palavra. Do sucesso de muitos dos nossos empresários, silêncio. Sobre a redução do desemprego, andam aos ziguezagues para encontrar justificativas de modo a conseguirem derrubar os bons resultados – que nunca conseguem…mas isso já é outra história. Quando é assim – quando nada de bom têm a dizer, quando parece que algum mal virá ao mundo se reconhecerem o que está bem feito – mais vale deixá-los a falar sozinhos. E quem fala sozinho tem sempre a vantagem de saber que ao menos uma pessoa está a ouvir.