… e transformistas. Porque há sempre aqueles que persistem, e ao aproximar do período eleitoral ressurgem salivando, numa vetusta e zombie esperança que embaciados espelhos confirmem: é agora, é agora!
Vai daí, abusando dos pequenos palcos onde se acantonaram, nunca conformados, esta é a hora de prestarem a bissexta prova de vida.
Uns, remoçados na licra do que dar o alheio rende sempre, proclamam a defesa, sem que a voz lhes trema, daquilo que já de revanche revogaram, e abusando da democracia de agora, berram por mais direitos para as minorias que hoje são, e que antes espezinhavam.
Outros, dirigentes vitalícios de instituições muito vivas, em efémeros títulos de pasquins domésticos, são os maiores cristãos novos da renovação e transitoriedade alheias, e desajeitadamente pré-avisam ações diretas, escorraçados que foram das alcatifas do diálogo, outrora aliás tão construtivo!
Para esta aristocracia do ressabiamento, que já nem os seus suportam, pois tão contraproducente é o seu extremado excesso de zelo e tão poluidor do conveniente silêncio é o seu resíduo discursivo, esta é, quiçá a última, estação do cio das ambições inconfessadas.
Mas tudo passará, com a queda da folha…