Nanotecnologia, biotecnologia, informação e cognição representam o acrónimo NBIC. O futuro requer políticos “apaixonados pelo futuro” e sobretudo cidadãos preparados para a ciência e tecnologia. A estabilidade política favorece decisões que se afastam das comoções imediatas de governos instáveis. É por isso que os Açores sempre ganharam mais com governos de maioria, ao contrário do que alguns agora invocam. Em 1996, as invetivas do PSD/Açores para “deitar abaixo” o primeiro governo do PS/Açores foram infrutíferas mas frequentes. Esses processos políticos não melhoraram o ambiente democrático de então. Mantiveram a tensão desnecessária entra a legitimidade da votação no PS/Açores e a hecatombe interna e nunca resolvida do PSD/Açores. Aliás, as grandes transformações ocorridas na sociedade açorina de então tiveram a sua maior velocidade a partir das maiorias socialistas.
A educação e o conhecimento são os ingredientes básicos da revolução NBIC. Nem todos se recordam do percurso que os Açores fizeram nestes domínios. Em 1996, os Açores tinham 2 licenciados por cada 100 habitantes. O país já tinha 5/100 habitantes. Hoje temos 10 e o país 12. De qualquer modo, as políticas sociais, como os setores da Educação, estão por natureza inacabadas permanentemente, exceto para aqueles que defendem a sua destruição ou a sua regressão. Já nesta legislatura, deve registar-se a diminuição de 34% na taxa de retenção no ensino básico, de 15% na taxa de abandono escolar precoce, o aumento de 16,2% na taxa de conclusão do ensino básico e 57 ME em construções escolares. Muita da oposição açoriana foca-se amiúde no lado B dos problemas educativos e deleita-se com o debitar acrítico de rankings e outras subjetividades neoliberais que confundem, propositadamente, mérito com sucesso educativo. Esta perspetiva acaba por redundar num único caminho: o das desigualdades e das fatalidades de segmentar profundamente a sociedade. É também por isso que os socialistas fazem a diferença quando preferem dar segundas oportunidades às pessoas em vez de relegarem os insucessos para o limbo da desonra. O trajeto para a integração crescente na Revolução NBIC faz-se com abertura decisória ao futuro onde se continue a privilegiar o investimento na qualificação omnímoda dos açorianos.
Mais: a postura construtiva do PS/Açores
Menos: o frentismo da oposição que revela demérito destrutivo.