Opinião

“Vamos a isso”!

O resultado das eleições de outubro permitiu a Vasco Cordeiro a preparação de uma equipa para um exigente combate político e estratégico para os Açores. A este combate responde com um governo em que prevalece uma ação conjugada da política regional e uma visão internacional sobre as questões de desenvolvimento dos Açores. Se os quatro anos anteriores foram difíceis, os próximos exigiram do executivo uma enorme capacidade de inovação e convicção. Vasco Cordeiro apresentou-se ao eleitorado com um programa que foi sufragado. Nele estão os caminhos que irão orientar os Açores nos próximos anos. Esse programa eleitoral resultou de uma moção debatida e votada pelos militantes em congresso regional e, posteriormente, com o contributo de independentes. A partir do programa eleitoral se traçam as linhas do programa do XII do Governo dos Açores, a ser debatido nos próximos dias. Para o executar foi escolhido, maioritariamente, um governo de cariz político. As análises precoces dirão que é demasiado político e que menoriza a componente técnica. Digo antes que existe um equilibro perfeito com a sensibilidade política e sentido de governança para executar as linhas orientadoras baseadas na ideologia socialista progressista. Os Açorianos têm fundadas razões para confiar nas escolhas de Vasco Cordeiro. As secretarias regionais têm excelentes quadros técnicos. Cada um faz o seu papel. E nenhum é menos sociedade civil. Uma boa decisão está baseada em pressupostos técnicos, com o senso político. Dispenso governos tecnocratas. Perante a legislatura que agora começa, reforço, como no passado, a minha continua defesa da existência da paridade nos diferentes órgãos. A paridade reforça a pluralidade. A composição da XI Assembleia Legislativa a Região Autónoma dos Açores, é a prova efeti- va do contributo do PS enquanto percursor nas questões da pluralidade partidária. O círculo de compensação é a prova viva dessa pluralidade da sociedade açoriana no parlamento. É tempo natural da pluralidade da paridade. Segundo os Censos de 2011, há mais mulheres que homens em Portugal. São mais 468 978. As percentagens de mulheres com níveis mais elevados de escolaridade (ensino secundário, pós-secundário não superior ou superior) são mais elevadas do que as dos homens. Falo, e só, da paridade com recurso ao mérito, estranhando, porém, que esta circunstância raramente se coloca ao homem. Mérito, palavra masculina e sem feminino - que a pluralidade e a paridade neguem a sua etimologia. A República e a Democracia, conquistas protagonizadas por homens, ainda não encontraram a pluralidade da paridade. O XII Governo e XI Assembleia Legislativa dos Açores, terão reptos que devem responder com o dever da cooperação, mas, a ambos, nos seus papéis, esteja sempre presente a vontade expressa nas urnas. O povo confiou maioritariamente no PS e tal como referiu Vasco Cordeiro no seu discurso da tomada de posse “ Vamos a isso”.