Opinião

Tautologias

Do grego “tauto “(o mesmo) e “logos” (palavra, dito) ou “repetição do dito”. No discurso político são contraditórias se têm conclusões divergentes, ou se o determinante repete o concebido no determinado. Os exemplos abundam. Na educação muitos invocam as suas virtudes como base da pirâmide. Estando na “base”, amiúde, o topo da pirâmide proclama, mas não valoriza. A constituição de 1822 dizia, no texto inicial, que melhor Nação implicaria educação de qualidade e mestres bem remunerados. Na letra de Lei saiu a parte da remuneração. Hoje, mais investimento social esbarra com 8 mil milhões € (só) de juros/ano, pagos pelo País à Europa da “coesão” ... E entre nós? Por exemplo, na RTP/Açores são tautologias as reportagens de trabalhadores precários quando, dentro de portas, não resolvem esse mesmo assunto! Os Açores dão profundidade Atlântica ao País, agora, discurso centralista e tautológico. O nosso mar e espaço, como zonas proximais de crescimento, carecem de forte argumentário científico, de direito público internacional e grande proatividade/firmeza política permanentes. Em 2020/30, a economia azul e o cluster espacial não podem ser “tarefas de Sísifo”, ou se quiserem tautologias.