Há dias assim na Assembleia. Na intenção de chamar a atenção para problemas ou proposituras, usa-se e abusa-se do aligeiramento dialético e falta de respeito ou de postura institucional como se assim fosse necessário para ser verdade ou mentira o que se defende.
As declarações políticas, são um momento extremamente importante de interpelação e de afirmação das posições políticas dos partidos perante o rumo ou as realidades políticas e sociais na nossa Região.
Assim aconteceu neste plenário, PSD, CDS/PP e BE usaram esta prerrogativa regimental para o fazer. De um lado a posição do PSD/PP sobre o tratamento de resíduos em algumas ilhas da Região, com ênfase para a Graciosa e S. Jorge. Por outro lado, uma ronda circunferencial do CDS/PP e do BE sobre questões de política geral, regional e nacional.
Obviamente que o papel da oposição é também bufarinhar; e a do Governo separar o trigo do joio, assumir o que é para assumir e defender o trabalho feito. Grandes equilíbrios não são possíveis, não fosse esta a essência da luta pelo poder.
Tudo bem, é salutar este exercício democrático de acusação e defesa, de denúncia e de ação, de suposição e evidência.
O que não se pode tolerar é o recurso a menorização intelectual dos outros para defender o que se expõe; e nisto a declaração política do PSD “lixou” literalmente a postura que se exige a todos os deputados, quando ao lixo intelectual atribuído a uma bancada, se termina com a presunção do seu apedeutismo.
Este conceito de grupo é e foi contestado pelo GPPS, lamentando-se esta postura por parte de alguém que acha que os iluminados estão de um lado e os tolos do outro, limpeza intelectual de um lado e sujidade intelectual do outro; e porque consubstancia uma forma de se fazer política, baseada na falta de respeito pela inteligência de todos nós e que deve ser veementemente reprovada.
Nesta declaração política o PSD quis manter um conspícuo do seu intelecto, lamentando-se esta atitude sejam quais forem as pronúncias do que entender fazer.
Das outras cenas e das outras formas de fazer política que brotaram de alguns deputados da oposição nesta sessão legislativa, ao sabor da liberdade ou da falta do respeito por ela; de Lá para Cá, nada de novo se acrescenta.