1 - INVESTIDORES DA DIÁSPORA -A Praia da Vitória será palco de mais um importante evento, o Encontro Intercalar de Investidores da Diáspora, que decorrerá de 5 a 8 de julho. O Governo da República iniciou, em 2016, um projeto que reúne investidores da Diáspora Portuguesa espalhados pelo mundo e, mais uma vez, não deixou de fora as Regiões Autónomas, realizando este evento na ilha Terceira. Estes encontros são momentos muito relevantes para promover o investimento em Portugal e, neste caso, nos Açores, em áreas como o turismo, a economia do mar ou o sector agroalimentar, mas também são momentos relevantes para apoiar a internacionalização das nossas empresas tendo por base as nossas comunidades emigrantes. Além da presença de investidores da Diáspora, podem participar no evento empresários que pretendam internacionalizar-se. Este será, sem dúvida, mais uma ocasião importante para afirmar o potencial de investimento nos Açores e uma oportunidade imperdível para a internacionalização das nossas empresas.
2 - COMISSÃO BILATERAL - Esta semana realizou-se a 39ª reunião da Comissão Bilateral. Construtiva foi a palavra utilizada para definir este encontro. Segundo o comunicado do Governo da República, uma parte substancial da reunião foi dedicada à Base das Lajes, tendo sido reiterada a validade dos acordos laborais, assinalada a receção portuguesa de parte das infraestruturas excedentárias, analisadas as ações recentes e futuras visando a resolução das questões ambientais decorrentes da presença militar norte-americana na Ilha Terceira, e afirmado o empenho em manter a população devidamente informada sobre as questões respeitantes às Lajes.
A expetativa em relação ao dossier da descontaminação era de facto elevada e o Ministro Santos Silva já tinha transmitido que este dossier era prioritário. Os resultados apresentados pelos EUA apontam para dados positivos que exigem um acompanhamento atento e uma reconfirmação técnica e científica por parte de Portugal. Estes resultados são referentes às últimas análises de 2 dos locais considerados mais preocupantes, South Tank Farm e a Porta das Armas, que aparentam uma evolução positiva, além disso, os EUA informaram que estão ou irão intervir em 8 novos locais. Ficou ainda o compromisso de continuarem o trabalho na área da descontaminação ambiental. Este é um compromisso imprescindível. Não podemos esquecer que há muito trabalho para ser feito, e haverá durante muitos anos, porque um processo de descontaminação desta natureza não é algo que fique concluído a curto prazo. É também de realçar o anúncio da realização de uma sessão pública por parte do Presidente do Governo dos Açores. Esta é uma iniciativa determinante para esclarecer toda a população sobre o processo de descontaminação ambiental da ilha Terceira. Em relação à questão laboral, e tal como na última semana já tinha dado conta, foi reafirmado que não há qualquer reestruturação planeada neste âmbito para a Base das Lajes. Uma boa notícia para os trabalhadores portugueses.
3 - DEFESA DO ATLÂNTICO - No dia em que decorria a Comissão Bilateral era publicado em Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros que autoriza a criação do Centro para a Defesa do Atlântico (CeSA). O CeSA pretende dar resposta a uma preocupação internacional, cada vez maior, a de reforçar a segurança e a defesa do Atlântico. O Atlântico liga 3 continentes e inclui mais de 50 estados costeiros. A bacia do Atlântico contém cerca de 30% das reservas de petróleo e 35% das reservas de gás conhecidas. É atravessado por importantes rotas marítimas e pelo maior número de cabos submarinos. As várias organizações internacionais têm também dedicado uma cada vez maior atenção à segurança marítima. A União Europeia definiu um conjunto de estratégias e planos de ação, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou um conjunto de resoluções e ações para reforçar a capacitação para a segurança marítima, a NATO a par dos domínios aéreo, terrestre e marítimo definiu o ciberespaço como um domínio operacional, mas também no âmbito da CPLP tem se assistido a uma preocupação com a segurança marítima. São todas estas diligências que reforçam a mais valia da aposta no CeSA para desenvolver capacidades associadas à segurança do Atlântico, nas várias vertentes, marítima, terrestre, aérea e de ciberdefesa. A Comissão Instaladora será criada dentro de poucos dias e terá 6 meses para apresentar o que será este futuro Centro.