Opinião

Mais e melhor

Parte dos trabalhos desta sessão legislativa de junho, debruçaram-se sobre um pedido de debate urgente proposto, pelo grupo parlamentar do PSD com a finalidade de se debater a execução do plano regional anual de 2017. Esta urgência em debater um orçamento aprovado em 2016 e já executado, foi contestada na sua essência, embora regimentalmente aceite. Assim se fez e assim se discutiu, explicando os proponentes a urgência justificada pela necessidade de análise retrospetiva com efeitos corretivos no desempenho da execução orçamental. Ficou demonstrado que o Governo Regional apresenta e assume sem subterfúgios os resultados da sua execução orçamental. Numa ronda a todas as áreas de aplicação das verbas propostas, a saúde vem sempre como primeira arma de arremesso. Enunciam-se propositadamente pequenos problemas, escamoteando-se as grandes conquistas. Em saúde existem essencialmente duas vertentes que pendem nas dotações orçamentais; o consumo que está e deve estar diretamente relacionado com a produção em saúde e o financiamento associado à sua modernização tecnológica, condição essencial na evolução do sistema. A evolução na produção e nos cuidados de saúde prestados tendo em consideração os períodos que estão afetos ao investimento, à pressão existente sobre estes serviços e à sua capacidade de resposta, condiciona outras variáveis de financiamento ou de alocação de recursos para as quais, a oposição, nada disse ou propôs. Quando num dos nossos hospitais, em 10 anos o movimento cirúrgico cresce 51%, as consultas de especialidade crescem 79%, em 5 anos a Cirurgia de Ambulatório cresce 81%, o atendimento na Urgência sobe aos 115000atendimentos/ano e foram criadas uma Unidade de Cuidados Intermédios, uma Unidade de Intervenção Cardiovascular, um Hospital de dia Polivalente, uma Urgência Pediátrica, uma Unidade de Tratamento Hiperbárico, uma Farmácia de venda ao público, a integração do SIV(Suporte Imediato de Vida) na rede do Serviço de Urgência, uma Unidade de Cuidados Paliativos, um novo TAC de 64 cortes e novo Angiógrafo, para além de outras introduções em equipamentos de terapêutica, como as bombas de insulina a Diálise Peritoneal, a Unidade de Citostáticos e tecnologia de informatização clínica; e quando temos um Hospital novo físico e tecnologicamente adequado na Terceira e se iniciaram obras de remodelação e ampliação no Hospital da Horta, uma nova USISM (Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel), em funcionamento e beneficiação em curso noutros Centros de Saúde Ilha;não será certamente na saúde que devemos discutir execução dos planos. Quando quiserem discutir a saúde, façam-no na proposição da adequação do custo ao benefício, da racionalização, da política de recursos humanos e do seu financiamento, porque este plano e orçamento para a saúde não foi difícil executá-lo. Queremos é mais e melhor.