O Partido Socialista é, historicamente, a força política portuguesa com maior tradição europeísta. Integrar a lista do PS ao Parlamento Europeu constitui, também por isso, uma grande responsabilidade, que assumo com entusiasmo e com a certeza de que temos o melhor projeto para os Açores, para o País e para a Europa. Assim foi no passado e assim continuará a ser.
Foi com governos do PS, e ministros Açorianos, que Portugal solicitou a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE) e que, posteriormente formalizou a sua entrada na União. Medeiros Ferreira e Jaime Gama, conjuntamente com Mário Soares, estiveram na génese do nosso bem-sucedido percurso de integração, acreditando, desde a primeira hora, que o futuro de Portugal e dos Açores era indissociável da pertença a um espaço comum de partilha, de desafios e de soluções.
Foi também com o PS que o país assumiu um lugar no pelotão da frente do Euro. Foi com governos do PS que se consagrou formalmente no Tratado de Amesterdão o estatuto da Ultraperiferia, depois reforçado com o Tratado de Lisboa (2007), permitindo um reconhecimento jurídico-institucional das especificidades Açorianas no projeto Europeu.
Estes passos relevantes resultaram das opções de um partido que sempre se assumiu como defensor, sem receios, da cooperação Europeia.
Mesmo nas horas mais difíceis, em que a tendência política maioritária no plano europeu nos queria obrigar a pagar em austeridade, por supostos excessos cometidos, o PS defendeu uma via alternativa para superar a crise.
À nossa esquerda clamavam pelo fim do Euro e pelo repensar da nossa participação no projeto europeu. À nossa direita defendiam que se fosse mais além do que a Troika, na redução de rendimentos e na sobrecarga fiscal. Mantivemo-nos firmes. Ficámos de alma e coração na Europa, mas avançando com um projeto governativo de recusa da austeridade e de dinamização da economia por via da reposição de rendimentos.
Enquanto o atual candidato a Presidente da Comissão Europeia - Manfred Weber do grupo político europeu que integra o PSD e o CDS-PP - escrevia ao Presidente da Comissão a pedir "força máxima" nas sanções a Portugal, António Costa provou que era outra a via do respeito pela Coesão Europeia, a via do progresso, da superação das dificuldades, da devolução de rendimentos e do equilíbrio das contas públicas.
É, por isso, com o PS que os Açores poderão ser melhor defendidos junto das instituições Europeias, em nome e em honra de uma tradição política feita de convicções e resultados.