A Sra. May voltou a requereu o adiamento do Brexit, agora para fins de junho.
Para além de colocar a União num impasse, convém lembrar o gigantes coimbróglio em que a si próprio o Reino Unido tem vindo a atolar-se. É que a Escócia e a Irlanda do Norte não estão nada interessadas na saída da União, sendo certo que a livre circulação entre o Ulster e a República da Irlanda é, na prática, essencial para anestesiar o enorme problema político que a coexistência das duas Irlandas sempre constituiu.
O projeto e o escopo dos pais fundadores desta Europa, para além do progresso material, visou sempre e sobretudo, garantir a Paz e a Democracia...
Face à encruzilhada e às ameaças que voltam a pairar sobre a Europa, tema mesma adotado uma política defensiva e medrosa de quase não interferência em casos gritantes como o regime musculado de Erdogan, deixando ainda de prosseguir ativamente o ideal da Europa das regiões, antes acantonando-se, num pragmatismo medíocre, na esgotada Europa dos Estados - como o silêncio embaraçado acerca dos últimos episódios da Catalunha indesmentivelmente comprova. Incluindo Lisboa, que ignora olimpicamente o que se passa no único vizinho com que partilha a fronteira terrestre!
A conjuntura geopolítica não é pois favorável à prossecução das Regiões e das Autonomias europeias, apesar da sua realidade estar absolutamente entranhada, no seu espírito e no seu território.
Assim sendo, seria bom que as diversas forças políticas dissessem, em tempo e de forma clara, da sua disponibilidade para consolidar e aprofundar, em diversos aspetos e através das medidas políticas e legislativas bastantes, as autonomias insulares, como sucesso impostergável do Portugal Democrático!
É que outubro é já agora...