É já amanhã que se comemora um dos mais importantes dias de Portugal: o 25 de abril, o dia da Liberdade. São 45 anos de um regime desejado pelo Povo, após 48 anos de um regime ditatorial renegado pelo Povo. Tudo o que hoje timidamente elogiamos e severamente criticamos, resulta da nova condição social e económica conquistada após o 25 de abril. Se é certo que vivemos tempos onde nem sempre é fácil encontrar a coragem e o coletivo dos Homens de abril de 1974, é também tão certo que todos precisamos agir em nome do conquistado, onde abster-se não pode ser opção. Há que rejuvenescer os princípios do 25 de abril para o Portugal de hoje. Há que rejuvenescer o uso da liberdade não para a crítica fácil, escondida no anonimato, mas por via da elevação da crítica como um meio de mudança. Há que rejuvenescer a relação dos políticos com o povo e do povo com os políticos. Há que rejuvenescer nas respostas às legítimas expetativas do povo, na sua confiança no Estado e na segurança do Estado Social. Há que rejuvenescer a Democracia, garantindo uma melhor distribuição da riqueza e com decisões compreendidas pelo Povo, já que o mote das decisões está no seu fim último: Servir o Povo. Há que rejuvenescer a Democracia como aquela que é a única resposta para um melhor Estado e onde os partidos políticos são também parte dessa resposta. Há que rejuvenescer a Democracia, assumindo os custos da mesma, onde a transparência do sistema político e a exclusividade na relação deste com a sociedade, poderão assumir custos superiores, mas nunca a representação do Povo e pelo Povo. Rejuvenesça-se a Democracia, participando e nunca se abstendo. A abstenção, no seu sentido mais lato, é o maior sinal de desprezo às lutas e conquistas de Abril de 1974. É preciso rejuvenescer a Democracia, valorizando os direitos de uma sociedade livre, tolerante e inclusiva, fortalecendo-a com e para o povo, num esforço diário de garantia do Estado de Direito, antes que o Povo a substitua. Viva à Democracia, para o Povo e com o Povo!