Domingo é dia de eleições europeias. Aquelas que têm a mais baixa taxa de participação eleitoral. E a Europa diz-nos respeito: porque a ela pertencemos de pleno direito; porque tal pertença significou uma nova aposta e vocação do Portugal pós-colonial; porque, como se sabia, essa adesão muito contribuiu para consolidar a nossa democratização e o nosso desenvolvimento.
Entre nós, todos temos plena consciência da importância da UE ao nível dos nossos setores tradicionais da economia; e dos novos… Também ao nível das acessibilidades, da formação profissional e da conquista de um estatuto de ultraperiferia, reconhecido nos Tratados.
A crise que a UE atravessa só pode ser de crescimento. E essa Europa tem que retomar o seu pendor social, amigo e promotor da descentralização, da subsidiariedade e das regiões. Garante último da democracia, do Estado Social de Direito e da Paz.
Por isso, somos responsáveis. Pelas nossas ações e omissões. Pelo dever cívico de votar, tão crua e radicalmente igualitário. Opções e propostas não faltam… A Democracia é escolha. E quem se ausenta abdica do seu poder de cidadania.
A propósito do estudo sobre a abstenção encomendado pela ALRA, os nossos OCS sentenciaram: os culpados pela abstenção são o Governo, os deputados e os partidos. Mas quem ler verá que, ao nível da confiança nas instituições, o Governo e o Parlamento dos Açores têm uma taxa média positiva de 60%; muito acima dos partidos, realidade que o próprio estudo explica com a diferença entre poder efetivo e poder latente.
E a respeito de responsabilidades, para além dos “sentenciados”, surgem as “pessoas” (68,3%) e os… media (49,7%)!
Certamente por lapso, não consegui lobrigar essa referência em nenhuma notícia ou editorial.
Critérios da corporação, certamente indiscutíveis…