Opinião

Mais emprego? Sim, para além do muito já criado

1 -Mais população empregada No 3º trimestre de 2019 o número de empregados era de 116.373 para uma população ativa de 125.572. Em 2012 (os primeiros tempos de impacto da troika) o número de empregados era de 99.864 com uma população ativa de 118.922. O aumento da população ativa, que é um bom sinal de qualidade e atratividade do território, associa-se aos 14% de variação positiva da população empregada. 2 - Número de desempregados é o menor dos últimos anos Atualmente o número de desempregados é de 6.982, o menor número de desempregados desde 2011. Estes números representam uma redução de 9,3% de desemprego face a 2019. São menos de 715 pessoas desempregadas. 3 - Menos 3.364 em programas ocupacionais Os programas socioprofissionais (ocupacionais) são essenciais para a responsabilidade social do Estado e assumem efeitos positivos sobre a probabilidade de emprego por parte dos cidadãos e dignificam a vida de um número de pessoas que, por razões diversas, terão dificuldades em estabilizar num emprego onde, alguns, sempre necessitarão de acompanhamento. Há menos 3.364 Açorianos em programas ocupacionais do que em 2016. 4 - Programas ocupacionais nas autarquias A prova do sucesso destes programas de inclusão, alguns criados num tempo em que Passos Coelho, amigo de alguns, mas inimigo do rendimento das famílias, trocou a dignidade humana por uma tigela de sopa, é de que todas as câmaras tiveram e têm ocupacionais. Foram as políticas regionais de intervenção social que responderam às pessoas, nas autarquias que recorreram a essa mesma estratégia. 5 - Azedume versus inconformismo Há mais população empregada. Esta realidade é inegável, digam o que disserem e martelem os dados como quiserem. Existe um desempregado ao nosso lado? Sim, infelizmente. Mas também há mais oportunidades de emprego. Nos últimos três anos foram criados 5.993 novos postos de trabalho. Esta postura de inconformismo para melhorar a vida dos açorianos contraria com o azedume dos TSD. Estranhamente os “Trabalhadores Social-Democratas” ficam incomodados com mais criação de emprego. Para quem está na política muito antes de 1996, legitimamente e escrutinado pelo povo, é perceptível o azedume passadista perante os números das novas realidades. 6 - Novos desafios para os próximos tempos. Mais emprego? Sim, para além do muito já criado. Perante esta realidade, perante o inconformismo, os desafios do combate à economia paralela - sim, ainda se assiste à pergunta: serviço com ou sem fatura? - (forte impulsionadora da taxa de pobreza) passam por continuar a criar e a potenciar melhor emprego, melhor rendimento e por uma constante atualização de intervenção no emprego público e privado para os novos (e já à porta) desafios do mercado de trabalho e das relações laborais.