O dia 1 de junho de 2020, dia da Região Autónoma dos Açores, assinala, de forma simbólica,o início de uma nova fase na economia regional.
Vasco Cordeiro, no discurso proferido nas cerimónias do dia da Região, enalteceu a força e capacidade de superação do povo Açoriano e realçou que este é “o tempo de arregaçar as mangas e, mais uma vez, pôr de pé a Região”.
A mesma vontadede reerguer a economia regionalé sentida pela maioria dos partidos da oposição,pelos parceiros sociais e por um grande número dos cidadãos, que entendem, que, este, éo momento da retoma, gradual e segura, da atividade económica na Região.
Ultrapassadaa primeira fase da luta contra o novo coronavírus, em que foi necessário “suspenderabruptamente a atividade económica” por um bem maior, a saúde pública, agora é o tempo de canalizarmos a nossa atenção e os nossos recursos para a ajudar as famílias em situações mais frágeis e para a recuperação económica das empresas.
Esta crise global veio reforçar a importância de um estado social forte, que combata as desigualdades sociais, corrija as imperfeições do sistema e promova a inclusão, acudindo os trabalhadores e as famílias mais vulneráveise dotando os cidadãos de um nível de rendimentos digno.
No plano económico, a recuperação deve ser robusta e acontecerno menor espaço de tempo possível, com claros benefícios para todos os Açorianos. Para que isso aconteçaé fundamental garantir segurança e confiança, mas também um ambicioso pacote de incentivos e de investimentos.
i) Segurança: passada a fase de incerteza e o investimento nos equipamentos de proteção e higienização, a população, instituições e os agentes económicos necessitam de sentir segurança nas tarefas que realizamno seu dia a dia, seja no acesso aos cuidados de saúde, às respostas sociais como as creches, lares ou mesmo numa simples ida a uma praça, a um bar ou restaurante.
ii) Confiança: garantida a segurança, é a hora de restituir a confiança nas pessoas, nas empresas e nas instituições em geral. Com confiança, há mais consumo, mais investimento, mais produtividade, ou seja, estamos a garantir a retoma da atividade económica ea manutenção do emprego.
iii) Pacote de Incentivos: nos últimos meses foram criadas e colocadas ao serviço dos Açorianos mais de 60 medidas de apoio ao rendimento disponível, à manutenção do emprego e assistência à família, entre outras medidas de âmbito social e económico.Mais recentemente, a Comissão Europeia avançou com um robusto plano europeu de recuperação económica (também conhecido como “bazuca”), que combinasignificativos apoios a fundo perdido com empréstimos a atribuir aos Estados Membros. Agora, cabe-nosassegurar que estes apoiossão reinvestidos, de forma justa e célere, nos setores e nas pessoas mais afetadas pela pandemia.
iv) Plano de Investimentos: as crises também geram oportunidades, pelo que devemos aproveitar para reforçar o investimento nas pessoas e na sua qualificação profissional, mas também nainovação aplicada à economia, na transformação digital, na descarbonização e nas infraestruturas, como vantagens competitivas.
A receita para o desenvolvimento sustentável da Região passapor um novo ciclo de investimento público e privado, mais “verde” e mais inclusivo, e que seja capaz de gerar mais rendimentos e melhor emprego.
“Para a frente, Açorianos!”